domingo, 12 de dezembro de 2010

CONCLUINDO

A partir da análise que pude fazer do trabalho com mídias e tecnologias realizado durante o estágio obrigatório com alunos de 4º ano do Ensino Fundamental, concordo com Moram (2009), quando diz que de qualquer situação podemos extrair alguma informação e experiência. Penso que o trabalho com as mídias e tecnologias em sala de aula cumpre este papel, pois quando usadas adequadamente podem ser uma fonte inesgotável de informação.
De tudo, de qualquer situação, leitura ou pessoa podemos extrair alguma informação ou experiência que nos pode ajudar a ampliar o nosso conhecimento, para confirmar o que já sabemos, para rejeitar determinadas visões de mundo, para incorporar novos pontos de vista. (Moran, 2009, p. 22)

            Durante o período de estágio procurei inserir da forma mais adequada possível as mídias e tecnologias, procurando explorá-las de forma que servisse como um complemento do me trabalho em sala de aula. Acredito ter sido bem sucedida neste aspecto, pois os trabalhos que realizei utilizando estes recursos trouxeram retornos significativos tanto na postura dos alunos, tornando-os mais observadores e independentes para realizar as tarefas.
            Procurei mostrar para os alunos que as câmeras fotográficas, os celulares podem ser instrumentos de estudo     , mas que devem ser utilizados com objetivos específicos para enriquecer um trabalho.
            As mídias e tecnologias são somente um apoio, um meio para chegarmos a um fim. Elas nos permitem realizar diversas atividades de formas diferentes, que visam principalmente aumentar o interesse dos alunos e principalmente aproximar a escola com o mundo onde a maioria dos alunos vive, com celulares, câmeras fotográficas, DVD, computadores etc.
            Ao realizar o trabalho em sala de aula com o auxílio das mídias e tecnologias consegui perceber algumas vantagens, que descreverei a seguir.
  • Despertar da curiosidade;
  • Aumento da criatividade,
  • Uma ferramenta poderosa como auxílio no aprendizado, como por exemplo, a utilização de softwares educacionais (multimídia);
  • Uma produtividade maior em relação ao tempo necessário ao estudo propriamente dito;
Com a evolução tecnológica, percebe-se que a utilização das mídias e tecnologias acarreta uma qualidade de aprendizagem, no desenvolvimento de processos e habilidades do pensamento. Nesse sentido, o professor deve ser o mediador dessa relação buscando trabalhar habilidades e competências diferenciadas.
Há sim muitas formas de aproveitar esses recursos para o aprendizado: pesquisas, jogos que estimulam o raciocínio lógico saudável, não disputas violentas, softwares educacionais com diferentes propósitos. Sendo assim, a informatização necessita obrigatoriamente de capacitação, formação dos professores, para que tudo o que está disponível possa ser realmente útil e colabore para uma globalização justa, responsável e que oportunize o saber, a igualdade entre as classes, etnias, enfim, para todo e qualquer cidadão.
O trabalho com as mídias e tecnologias são grandes aliadas da educação, se bem aproveitadas, possibilitam uma aprendizagem com eficiência e rapidez. Sendo assim, tudo que se fizer em prol da correta utilização destas tecnologias, certamente se estará indo em direção de um futuro promissor na área do desenvolvimento humano.
Na educação as mídias e tecnologias se justificam como ramos privilegiados para a didática, onde o educador encontra quase tudo o que precisa vindo assim a aperfeiçoar constantemente o ensino-aprendizagem.

USANDO O VÍDEO E A TV

O vídeo está umbilicalmente ligado à televisão e a um contexto de lazer, e entretenimento, que passa imperceptivelmente para a sala de aula. Vídeo, na cabeça dos alunos, significa descanso e não "aula", o que modifica a postura, as expectativas em relação ao seu uso. Precisamos aproveitar essa expectativa positiva para atrair o aluno para os assuntos do nosso planejamento pedagógico. Mas ao mesmo tempo, saber que necessitamos prestar atenção para estabelecer novas pontes entre o vídeo e as outras dinâmicas da aula.
Vídeo significa também uma forma de contar multilingüística, de superposição de códigos e significações, predominantemente audiovisuais, mais próxima da sensibilidade e prática do homem urbano e ainda distante da linguagem educacional, mais apoiada no discurso verbal-escrito. (MORAN, 1995, p.27)

O uso da TV e do vídeo em sala de aula aproxima a escola do mundo dos alunos e da linguagem que para muitos é mais atraente, pois a escola muitas vezes tem uma linguagem formal que acaba se distanciando do mundo de nossos alunos.
            É importante a utilização desta linguagem televisiva para que os próprios alunos possam analisar e discutir sobre os programas assistidos e assim levantar os aspectos positivos e negativos da programação existente. Esta análise vai ao encontro de um dos principais objetivos do uso da tecnologia que, em minha opinião, é fazer com que os alunos sejam mais críticos no uso das tecnologias existentes.
            Através do trabalho com a TV e o vídeo, é possível incentivar os alunos a filmar e também possam apresentar as suas pesquisas em vídeo aliando assim as teorias aprendidas com as tecnologias existentes. A utilização destes recursos precisa ser contextualizada, pois seu uso continuado e sem nenhum objetivo pode gerar o desinteresse nos alunos, tirar todo o prazer de ter algo novo e diferente em sala de aula e manter a ideia do vídeo como uma atividade puramente como entretenimento, da qual participamos passivamente, sem pensar e refletir sobre o que vemos.
            Ao usar a TV, um vídeo ou filme, é de extrema importância que o professor tenha conhecimento do que vai passar para os alunos para que possam explorar da melhor forma possível dando um significado para a utilização deste recurso.

O PORQUÊ DA ESCOLHA?

Durante o estágio realizado com uma turma de 4º ano de uma escola da rede estadual, foram muitas as ocasiões em que utilizei as mídias e as tecnologias como um recurso para complementar as aulas e para estimular o interesse dos alunos. Busquei aproximar as atividades escolares do mundo em que a maioria dos alunos vive, na medida em que tem acesso a DVDs, jogos de vídeo-game, computadores, máquinas fotográficas e celulares.
No início do curso de Pedagogia, um dos primeiros desafios foi justamente a apropriação das tecnologias, principalmente no que diz respeito às maneiras mais adequadas de integrá-las às práticas pedagógicas. Neste sentido, minhas dificuldades referem-se ao atendimento da turma e que se expressam nas dúvidas: o que fazer? Como atender a todos? E o principal: quais as atividades mais apropriadas para realizar com os alunos?
Segundo Almeida (2008, p.4):
Não se trata de didatizar ou escolarizar as mídias, mas, de gerar uma discussão sobre a necessidade de se formar uma massa de educadores e educandos espectadores com sensibilidade crítica para selecionar e interpretar sobre aquilo que assistem e capazes de trabalhar questões relativas à sociedade também no âmbito escolar.

Para tanto, é necessário compreender o que são mídias e tecnologias. Segundo do dicionário Aurélio Online (2010) o significado de mídias é:
Qualquer suporte de difusão de informações (rádio, televisão, imprensa escrita, livro, computador, videocassete, satélite de comunicações etc.) que constitua simultaneamente um meio de expressão e um intermediário capaz de transmitir uma mensagem a um grupo.

Ampliando esta definição, o termo tecnologias compreende os recursos que (diferente da TV, rádio, cinema, imprensa) permitem a circulação multidirecional das informações, possibilitando que todos interfiram nas mensagens que transitam pela rede.
Desta forma, enquanto as “velhas mídias” dos meios de comunicação de massa – rádio, cinema, imprensa e televisão – são consideradas veículos unidirecionais de informação por meio dos quais a mensagem percorre apenas uma direção – do emissor ao receptor – as novas tecnologias propiciam o diálogo entre esses dois pólos da comunicação, possibilitando que ambos interfiram na mensagem. (MORAES; DIAS e FIORENTINI, 2006, p.2)

Atualmente, muitos alunos vivem em contato constante com as mídias e as tecnologias, portanto cabe a nós professores a utilizarmos de maneira mais adequada para a complementação do trabalho realizado. Deste modo, será mais fácil captar o interesse dos alunos que possuem mais experiência e também proporcionar aos demais uma maneira diferente e interativa de aprender algo novo.
Mesmo sabendo o interesse que os alunos têm por este tipo de recurso, penso que é necessário usá-lo como um complemento, uma ferramenta que vise o aprendizado, pois o uso indiscriminado destes recursos acaba banalizando-os, sendo que o objetivo deles é ser um algo a mais.
Um dos objetivos principais do uso das tecnologias no ambiente escolar é, em minha opinião, a interação dos alunos e professores que se materializa nas diversas atividades das quais destaco:
·    Acesso a pesquisas e uma infinidade de informações;
·    Estimular a auto-aprendizagem e a independência;
·    Desenvolver o senso crítico diante dos fatos que são vivenciados durante o trabalho com as tecnologias;
            Com o uso das tecnologias o professor passa a fazer o papel de mediador, orientador das atividades deixando de ser a fonte principal do conhecimento, o professor passa a ajudar os alunos na aquisição do seu conhecimento, orientando-o da melhor forma possível.
            Com esta postura, o professor colabora no desenvolvimento da autonomia do aluno, o ajudando a encontrar as melhores estratégias para a construção do seu aprendizado e estimulando sua participação no próprio processo de aprendizagem, fazendo com que ele se mantenha motivado em aprender cada vez mais coisas novas.
            Uma das dúvidas que muitas vezes surge é como trabalhar com as tecnologias, pois muitas vezes elas são usadas de forma indiscriminada, apenas para tapar o buraco de um planejamento mal feito ou como forma de entretenimento.
 São muitos os recursos a nossa disposição para aprender e para ensinar. A chegada da Internet, dos programas que gerenciam grupos e possibilitam a publicação de materiais estão trazendo possibilidades inimagináveis vinte anos atrás. A resposta dada até agora ainda é muito tímida, deixada a critério de cada professor, sem uma política institucional mais ousada, corajosa, incentivadora de mudanças. Está mais do que na hora de evoluir, modificar nossas propostas, aprender fazendo. (MORAN,2007, p.165)

 Assim, computador, televisão, rádio e vídeo não podem ser vistos como substitutos dos professores. O professor é insubstituível, pois diante de tantas inovações é necessário que haja alguém que auxilie o aluno a analisar criticamente essas inovações.
O uso adequado das tecnologias no ambiente escolar requer cuidado e atenção por parte do professor, para avaliar o que vai ser usado e reconhecer o que pode ou não ser útil, para facilitar e contribuir com a aprendizagem dos alunos tornando-os críticos, cooperativos, criativos e pensantes. Para isso se faz cada vez mais necessárias propostas de formação de professores que possibilitem e promovam práticas pedagógicas com o objetivo de estimular os alunos a pensar e a utilizar as informações que chegam até eles de forma crítica e reflexiva.
Mídias só podem servir de fonte de acesso ao conhecimento se forem integradas, dentro ou fora da escola, no quadro de um projeto ou de uma metodologia. […] É urgente definir uma nova função da escola na sociedade atual. A questão mais importante é a de saber como vamos fazer uma educação democrática para todos... […] Devemos construir um discurso sobre a nova função da escola na sociedade tecnológica e criar práticas novas (JACQUINOT, 1995, p.19).

As práticas pedagógicas que utilizam as tecnologias de forma planejada permitem que o aluno desenvolva autonomia, tão fundamental no nosso mundo cada vez mais disputado, acesso à informação com rapidez e facilidade, desenvolvimento de competências de análise e reflexão, organização do pensamento, trabalho simultâneo com vários participantes em diversas partes do mundo, exposição de pensamento através de sites ou blogs ou até mesmo em comunidades virtuais, registro de sons e imagens e vídeos, tradução de textos em várias línguas. Tudo isso por meio de um trabalho interdisciplinar.
[...] A realidade de uma instituição de ensino constitui-se de uma estrutura, uma organização de tempo, de espaço, de grade curricular, que, muitas vezes, dificulta o desenvolvimento de uma nova prática pedagógica. São amarras institucionais que refletem nas amarras pessoais. Não basta o (a) professor (a) querer mudar. É preciso alimentar a sua vontade de estar construindo algo novo, de estar compartilhando os momentos de dúvidas, questionamentos e incertezas, de estar encorajando o seu processo de reconstrução de uma nova prática. Uma prática reflexiva na qual a tecnologia possa ser utilizada a fim de reverter o processo educativo atual. [...] (SANTOS; RADTKE, 2005, p. 332)

Neste trabalho pretendo relatar as experiências com uso das Mídias e Tecnologias e analisar os benefícios que observei nos processos de aprendizagem dos alunos durante o estágio.

As Mídi@s e Tecnologi@s como Recurso Did@tico em S@l@ de Aul@

O educador autêntico é humilde e confiante. Mostra o que sabe e, ao mesmo tempo está atento ao que não sabe, ao novo. Mostra para o aluno a complexidade do aprender, a sua ignorância, suas dificuldades. Ensina, aprendendo a relativizar, a valorizar a diferença, a aceitar o provisório. Aprender é passar da incerteza a uma certeza provisória que dá lugar a novas descobertas e a novas sínteses.

José Manuel Moran

Como objeto de reflexão do meu TCC, foi escolhido o tema “As Mídias e Tecnologias com Recurso Didático em Sala de Aula”, baseado nas experiências desenvolvidas ao longo do estágio obrigatório. Ao longo do estágio, foram várias as ocasiões nas quais procurei inserir as mídias e as tecnologias para qualificar meu trabalho docente e despertar o interesse dos alunos. Alguns exemplos são a utilização de filmes para iniciar projetos, como fiz no Projeto do Índio com o filme “Tainá, a aventura continua”. Em outras ocasiões utilizei o computador para que os alunos realizassem uma consulta sobre plantas venenosas e prejudiciais a saúde e a câmera fotográfica para que os alunos registrassem imagens da cidade. Fui adaptando ao meu trabalho para utilizar diferentes mídias e tecnologias, em especial durante o estágio obrigatório, mas continuei usando com os alunos após o término deste.
Este tema se originou nas indagações que se fizeram presentes ao longo do Curso de Pedagogia e que procuro sistematizar através desta escolha pontual, centrada nas ideias desenvolvidas durante o curso e as experiências desenvolvidas durante o estágio. Indagações estas que se fizeram presentes à medida que o estágio transcorria e começava a me questionar sobre os benefícios que a utilização destas Mídias e Tecnologias trazia para o desenvolvimento dos alunos e quais as formas mais adequadas de utilizá-las. Minha intenção não era que se tornassem alegorias, mas integrá-las às atividades realizadas em aula, de modo que os alunos pudessem realmente tirar proveito deste trabalho e aprendessem mais com estes recursos.
 Meu objetivo, ao fazer esta escolha, foi deter um olhar mais atento sobre as transformações no trabalho em sala de aula desencadeadas pelas mídias e tecnologias para complementar o aprendizado dos alunos.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Segundo o Minidicionário Luft, adulto quer dizer: “1. Plenamente desenvolvido. 2. Pessoa que atingiu a idade madura. 3. Pessoa que chegou a maioridade legal.”
O princípio da vida adulta é ainda mais difícil de se estabelecer uma marcação de quando começa realmente. As mudanças não ocorrem em idades específicas, variando conforme o meio em que a pessoa vive e sua posição social. Ser Adulto significa ter independência e assumir a responsabilidade pelo seu projeto de vida. É ir assumindo cada vez mais responsabilidades e papéis diferentes na sua vida. Legalmente chega-se a idade adulta aos 21 anos, mas psicologicamente, penso que isto deve variar muito. O adulto situa-se atualmente numa sociedade de escolhas, decisões e projetos – projetos profissionais, de carreira, familiares, de orientação, inserção, formação, de reforma, entre outros.
A pessoa torna-se adulta, acredito realmente, quando a vida cobra dela um posicionamento, quando as responsabilidades vão surgindo e temos que assumi-las para não sermos atropelados por elas. Como já falei anteriormente depende de uma série de fatores, como por exemplo, de ter casado, de ter filhos, morar sozinho, ou com os pais, ter um trabalho que exija mais responsabilidades, etc.
Os maiores desafios da vida adulta acreditam que seja a "carga de responsabilidades impostas pela sociedade", pois quando se é adolescentes temos algumas responsabilidades, junto a nós nossos amigos e a sociedade como um todo, mas quando se é adolescente acredita-se que regras foram feitas para ser quebradas, responsabilidades só servem para nos deixar mais velhos e outras justificativas para não nos prendermos em responsabilidades.Na vida adulta nossas atitudes tem um reflexo muito maior no nosso futuro como em todas as ações que fazemos.
Na vida adulta pode se aprender pela experiência de outras pessoas, quando se tem paciência para ouvir, ou então, o jeito mais doloroso e eficaz no meu caso, é aprender com os erros, pois no processo de juntar os cacos e reconstruir a vida sempre acabo aprendendo e fazendo o possível para não cometer o mesmo erro novamente.



Esta postagem foi realizada para a interdisciplina de Psicologia da Vida Adulta, aonde deveríamos caracterizar o que é ser adulto. Adulto na minha opinião é assumir responsabilidades, saber reconhecer seu erros, pedir desculpas quando necessário e assumir os riscos pelas suas escolhas.
Às vezes penso que ser adulto é doloroso, pois em algumas situações seria interessante ficarmos na inocente ignorância da infância e não nos preocuparmos com prazos, com notas, com apresentações, com o salário que termina antes do mês e poder somente preocupar-se  em qual o programa da TV e que aquele brinquedo do anúncio é o que será pedido para o Papai Noel e principalmente ter a certeza e a crença que ele irá trazer.
Adultos muitas vezes deixam esta crença, este acreditar nas coisas de lado e acabam se voltando para o lado prático da vida, deixando muitas vezes que as coisas boas passem por nós sem deixar uma marca.

Reflexão do eixo 1

Muitas vezes no decorrer do semestre nos preocupamos tanto com prazos de entrega de trabalhos, com aplicação das técnicas aprendidas, em registrar as tais técnicas, que não paramos para refletir sobre a aprendizagem realmente adquirida. Acabamos realmente refletindo sobre elas quando somos obrigadas a fazê-lo, como aconteceu com a síntese do portifólio. Apesar de termos passado o semestre todo registrando nossas aprendizagens no portifólio, o ato em si perdeu um pouco da sua utilidade de nos fazer refletir sobre o que aprendemos, pois acabou virando algo mecânico, com data e prazo para ser postado, pois nem todos conseguem ter aprendizagens novas a cada semana.
Durante a elaboração do documento não me apercebi de nenhuma aprendizagem que ainda não havia colocado em prática, mas pude relembrar de várias coisas interessantes que aconteceram durante os semestres e que acrescentaram muito para minha vida profissional e pessoal também.O semestre passado foi muito rico em idéias para por em prática com os alunos e principalmente em rever antigas práticas e substituí-las por novas e mais modernas. Como por exemplo a contação de história, muitas idéias de tornar o momento mais lúdico e especial para os alunos. Incluir música no currículo dos alunos, misturando com poesias e textos tornando uma aula de Língua Portuguesa divertidíssima.Maneiras diferentes de trabalhar com quadros de pintores famosos, não se prendendo simplesmente em pedir para os alunos fazerem uma releitura, mas sim preocupando-se com todo o contexto do quadro.A maneira correta de se trabalhar teatro com os alunos, com várias técnicas interessantes e divertidas que ajudam a acabar com a inibição dos alunos mais tímidos. E para finalizar a importância de se brincar em sala com os alunos adotando uma postura mais lúdica para a escola tornar-se um lugar interessante para os alunos.
Foram muitas as aprendizagens positivas do semestre passado e de todo o curso o que nos ajuda a sermos melhores profissionais e principalmente reciclarmos nossas idéias e tentarmos aos poucos melhorarmos a educação, tão carente de boas idéias e ações.



Esta reflexão foi feita em uns dos primeiros trabalhos que tínhamos que apresentar e mesmo depois de tantos semestres continuo concordando com o que relatei, principalmente no que se refere ao ato mecânico de postar algo para preencher um número X de postagens que por muitas vezes acabam não sendo o fruto de uma reflexão, mas sim algo que é feito por obrigação para não se ter a cruz da recuperação sobre nossos ombros.
Posso dizer que o professor vive refletindo sobre muitas coisas durante o seu dia, nem todas são frutos de aprendizagens, mas sim de situações do cotidiano, que muitas vezes não estão previstas nas interdisciplinas do PEAD.
Posso dizer que o referido semestre na minha opinião foi o mais ricos em ideias concretas para se trabalhar com alunos e que acrescentou muito a nossas aprendizagens e a maneira de trabalhar de uma forma mais lúdica com nossos alunos.

domingo, 5 de dezembro de 2010

ANÁLISE DA MINHA TRAJETÓRIA NO CURSO

Sempre que terminamos algo, ou nos despedimos de uma pessoa acabamos nos esquecendo daquilo que nos causou angustia e sofrimento e acabamos apenas lembrando dos momentos bons ou de como a pessoa que partiu nos fazia bem.
Não que o curso tenha me causado sofrimento, mas trouxe alguma angustias, principalmente nos primeiros semestres, quando ainda não estava habituada ao mundo virtual, onde pequenas coisas como inserir uma gravura, ou um link acabavam gerando uma dor de cabeça enorme e uma irritação sem medida.
Depois destes impedimentos iniciais, tive que me acostumar a modificar minha maneira de escrever e me expressar através de textos, procurando desenvolve-los mais e principalmente qualificar a escrita.
Após esta etapa vencida veio a cobrança maior com as reflexões postadas no Blog, que muitas vezes me causaram revolta por não conseguir me adequar as exigências dos professores e tutores e principalmente por não vivenciar semanalmente a aprendizagem pretendida sobre os assuntos estudados e aplicados com os alunos.
Acabei me deparando com professores muito compreensivos e outros nem tanto, que achavam normal  questionar sobre o que fazia da meia noite as seis da manhã, como se não precisasse trabalhar quarenta horas por semana e ter os finais de semana tomados por trabalhos da escola e faculdade. Ou  acusar de plágio de uma maneira bem pouco educada.
Aos poucos tudo foi se encaixando e se moldando na minha vida, criei uma rotina de estudos que não me deixava tão angustiada, deixei de lado algumas coisas que roubavam meu tempo, consegui qualificar minha escrita, deixei de levar tão a sério a crítica que não me acrescentavam nada e estou chegando ao final desta etapa muito diferente de quando iniciei.
Penso que não existe crescimento sem sofrimento, portanto tudo que passei serviu para meu crescimento tanto pessoal como profissional e chego ao final desta etapa mais forte e confiante a enfrentar  novos desafios que virão por ai

domingo, 14 de novembro de 2010

Semestre 9 - TCC

Que dificuldade foi iniciar o TCC, pois foram muitas as situações e os momentos vividos no estágio que mereciam uma analise mais aprofundada. E depois de decidida a abordagem, refinar a questão  até chegar a algo mais específico que realmente retratasse o momento vívido no estágio e ainda proporcionasse uma suporte teórico para o fato abordado.
Meu TCC foram as Mídias e Tecnologias como recursos didáticos em sala de aula, pois foi um dos grandes diferenciais do estágio, que procurei inserir da melhor forma possível de forma consciente e como complemento das atividades realizadas em sala de aula.
Busquei fundamentar teoricamente meus atos e trabalhos em sala de aula, buscando principalmente no autor José Manuel Moran a teoria que precisava e que principalmente cabia exatamente no que queria apresentar e principalmente pensava.
Depois que comecei a trabalhar  no TCC as ideias  foram surgindo e acabou se tornando fácil escrever, pois na verdade nada mais é do que um relato do estágio de uma forma mais específica com um comprometimento com a teoria envolvida nos atos feitos por nós durante o estágio.
Neste momento foi imprescindível o apoio da orientadora e tutora que já conheciam nosso trabalho feito no estágio e conseguiram orientar da melhor forma possível, dando as orientações necessárias, muitas vezes o suporte teórico necessário e os puxões de orelha, quando as coisas não andavam ou perdiam o rumo.
Agora a próxima tarefa é defendê-lo e apresentá-lo da melhor forma possível e principalmente manter a serenidade para poder colocar da forma mais clara possível a experiência vivida durante o estágio e também mostrar toda a teoria que envolve os nossos atos.

Semestre oito - ESTÀGIO

Deveria que se imaginar que pelo fato de já trabalhar vários anos na mesma escola e principalmente ter tido os mesmos alunos desde o início, seria tranquilo realizar o estágio, mas não foi. O simples conhecimento de estar sendo avaliada pelo nosso trabalho fez com que no início sofresse um bloqueio criativo, aonde as coisa mais simples pareciam fugir. Depois de um tempo acabei me tranquilizando  de modo que as coisa começaram a fluir normalmente.
A parte mais difícil e trabalhosa do estágio, não foi o dar aulas, pois este é o meu trabalho, mas sim dar conta das inúmeras etapas escritas que tínhamos que postar. A grande dificuldade para mim foi refletir semanalmente sobre os fatos que aconteceram na semana, pois simplesmente não tinha o hábito de fazer este tipo de reflexão, mas depois de um puxão de orelhas da professora Ana, acabei colocando minhas ideias no lugar e fazendo um trabalho decente.
Aliás, durante o período do estágio acabei fazendo muitas comparações deste momento com o estágio feito no curso de Magistério, que já foi diferente pela inexperiência, mas principalmente pela relação da orientadora, pois no Magistério estas se colocavam como detentoras únicas do saber e da verdade e neste estágio houve um coleguismo e um respeito pelo nosso trabalho, que fez com que eu me tranquilizasse e principalmente me esforçasse cada vez mais para realizar um trabalho cada vez melhor.
Esta proximidade foi algo interessante, pois no início do curso ficava imaginando como seria o estágio e de que forma poderiam nos observar e nos auxiliar estando as orientadoras tão longe, mas esta distância se revelou pequena, pois ambas, tanto a professora Ana quanto a tutora Cátia se colocaram a disposição por telefone, email, MSN, que ficou difícil ficar com alguma dúvida ou algum problema sem solução.
Penso que este momento foi muito bom, pois tive a chance de realizar um bom trabalho e refletir sobre ele para desta forma poder corrigir o que não foi tão bom e assim encontrar soluções para que este trabalho fosse melhorado e alcançasse melhores resultados.

sábado, 13 de novembro de 2010

Semestre 7

A escola assume um caráter reducionista a partir do momento que reduz todo seu trabalho ao ato de avaliar tendo em mente o simples objetivo de classificar seus alunos, reduzindo todo seu aprendizado a meras perguntas que levam muitas vezes a memorização pura e simples de alguns conceitos que o professor acha importante que o aluno saiba. Acaba tendo este caráter reducionista quando centra todas as avaliações somente para o final de um trimestre, onde daí pode ser tarde demais para recuperar a aprendizagem dos alunos, que muitas vezes passaram dois meses estudando um determinado assunto sem o professor ter uma dimensão da aprendizagem dos seus alunos.
Segundo Silva (1996, p.20), uma "inversão entre as funções da avaliação: o registro burocrático sobrepondo-se à natureza pedagógica de acompanhamento dirigindo mesmo toda organização do trabalho escolar."
No modelo de avaliação de caráter classificatório a avaliação assume um caminho de apenas uma via, onde o único avaliado do processo aprendizagem é o aluno, e não o professor. A avaliação passa a ser mais um instrumento burocrático exigido pela instituição com o objetivo de dar uma nota e classificar este aluno. Acaba não avaliando o que o aluno aprendeu, mas sim aquilo que ele ainda não sabe ou não memorizou.
Para Cunha (1995, p.44), "aquilo que a pessoa diz ou faz está moldado consciente ou inconscientemente pela situação social. São as experiências e as condições de vida que fornecem a formação dos conceitos e do desempenho do indivíduo". Toda atividade do professor é um reflexo daquilo que ele vivenciou. Para a autora, "o fato de o professor ter tido uma educação autoritária e punitiva pode fazê-lo tentar repelir esta forma no seu cotidiano docente, mas pode também levá-lo a repetir esta prática". (p.36)
Muitas vezes o professor acaba reproduzindo o vivenciou como estudante com seus próprios alunos, onde o mais importante era tirar a melhor nota e não aprender. Muitas vezes vejo colegas meus na sala de professores falando de seus alunos, do ensino médio e séries finais, de um jeito desrespeitoso e já dando como reprovados alunos que sequer iniciaram o terceiro trimestre, falando muitas vezes de sua falta de interesse e desmotivação. Isso me deixa muitas vezes chateada, pois são alunos que foram meus, quando pequenos e que não eram assim, tinham lá suas dificuldades, mas conseguiam superá-las, pois acabavam se esforçando. Acredito que nunca passou pela cabeça deles que esta falta de interesse e motivação possa estar ligada com o desinteresse que existe por parte deles em tentar compreender melhor o processo de aprendizagem deles e avaliar aquilo que eles realmente sabem e não aquilo que eles precisam saber.
Nesta postagem feita no semestre 7, chegando o final do ano, que é o momento em que temos que sentar e analisar o desempenho de nossos alunos e aprová-los ou não. Esta época é bem difícil, pois sempre somos pressionadas pelas professoras das séries seguintes a não deixar os alunos fracos irem adiante. Acabo ficando em um dilema, pois fico sempre na dúvida em aprovar ou não determinados alunos. Parto do princípio que  se houve evolução o aluno tem condições de seguir adiante. Existem alguns colegas professores que esperam receber os alunos prontos, para começarem o seu conteúdo sem se preocuparem com a evolução do aluno que pode não estar pronto, mas que apresenta melhoras no seu desempenho se comparado ao início do ano.
A avaliação muitas vezes é feita por uma exigência da escola que precisa de documentos para comprovar o desenvolvimento do aluno, mas o professor precisa além disso ter um real conhecimento do seu aluno e ver se houve um crescimento para não reduzir um ano todo em provas e testes que acabam avaliando aquilo que o professor quer saber e não o que o aluno realmente sabe.

sábado, 23 de outubro de 2010

Analise do semestre 6

Se não tivéssemos voz, nem língua, mas apesar disso desejássemos manifestar coisas uns para os outros, não deveríamos, como as pessoas que hoje são mudas, nos empenhar em indicar o significado pelas mãos, cabeça e outras partes do corpo?”
(Filósofo Sócrates)
Neste semestre tivemos nossa interdisciplina de Libras, que foi uma novidade em muitos aspectos, pois apesar de esta acostumada a ver os surdo se comunicando, pois minha escola fica próxima a uma escola de surdos a minha ignorância sobre o assunto era tamanha. Nas aulas que tivemos, o simples fato de termos ela com uma professora surda já foi inicialmente um tanto estranha, pois todas nós éramos ouvintes e estávamos tendo aula com uma pessoa que mão entendíamos sem o auxílio de uma interprete, mas serviu para fazer com que entendêssemos melhor uma série de coisas que sinceramente não fazia sequer ideia de como acontecia na vida de um surdo.
 O ouvinte não tem uma dimensão do mundo e da cultura do surdo, não sabendo muitas vezes de que forma se processa o aprendizado destas pessoas e também sem entender que muitas vezes o que se chama de inclusão hoje em dia pode acabar virando uma exclusão, pois o aluno está inserido no mundo dos ouvintes, sem muitas vezes ter uma compreensão do que se passa ao seu redor e sem ter um conhecimento da Língua Portuguesa, da sua estrutura e também por vezes sendo dono de um vocabulário tão reduzido que é incapaz de escrever um simples bilhete.
Penso que a maioria dos profissionais não está preparado para trabalhar com o diferente, com os portadores de necessidades especiais, pois nos nossos cursos não fomos preparados para isso e o PEAD já inseriu algumas interdisciplinas que tratam deste tema, mas penso que ainda é pouco para que tem em sua sala de aula vários alunos de inclusão diferentes e muitas vezes conta somente com a boa vontade para entrar ajudar esta criança da melhor forma possível. Todas as esferas de ensino deveriam se preocupar em promover a especialização dos seus professores para poderem realmente falar em inclusão de qualidade,

domingo, 10 de outubro de 2010

Analise semestre 5

No semestre 5 estivemos mais focados na parte administrativa e de gestão de nosso curso, estudamos também sobre a psicologia da vida adulta e sobre o PPP.Lembro que na época ao analisar o nosso material de estudo e confrontá-lo com o nosso PPP, vi que  o documento da nossa escola prega uma pedagogia libertadora, mas que realmente ficou somente nas palavras bonitas escritas na sua introdução, pois apesar de ser quase uma cópia fiel da LDB vários aspectos ficaram somente no papel.
“O regime seriado predominou em nossas escolas do final do século XIX até o início da década de 80 do Século XX, quando passou a ser problematizado por ter seus fundamentos vinculados a uma pedagogia tradicional. A pedagogia tradicional, como se sabe, está centrada na transmissão de conhecimentos acumulados e considerados essenciais para a inserção de todos à sociedade e ao mercado de trabalho. Nesse modelo, os conhecimentos são divididos em componentes curriculares específicos para cada campo do conhecimento e esses, por sua vez, são subdivididos em séries ou anos de estudos. A lógica dessa forma de organização curricular é exclusivamente temporal, pois fica estabelecido que determinados conteúdos devam ser aprendidos, indistintamente, por todos os alunos num tempo também determinado.” (trecho do texto ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DA ESCOLA E AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM de Maria Beatriz Gomes da Silva).
Na nossa escola predomina o regime seriado, com divisão de componentes curriculares, divididos e séries ou anos, portanto as idéias modernas acabaram ficando somente no papel.
O PPP que deveria ser um documento feito por todos envolvidos da comunidade escola acaba sendo um documento quase que pronto vindo de um modelo completamente diferente da realidade da escola que o copiou.

Analise do semestre 4


Ao ler uma postagem feita sobre um filme assistido para a interdisciplina de  Ciências, postei a seguinte reflexão:
Cada ato pequeno ou grande pode fazer alguma diferença em um sistema, seja ele grande ou pequeno. O ato de sair de casa com um carro desregulado, pode despejar no ar o monóxido de carbono e assim contribuir mais ainda com a poluição da atmosfera. A utilização de detergentes não biodegradáveis tanto pelo uso doméstico quanto de indústrias despejados nos rios, diminuem o oxigênio da água causando mortandade de peixes.
Claro que os exemplos citados acima sendo praticados somente por uma pessoa não causariam um estrago tão grande, mas a junção de vários indivíduos cometendo os mesmos atos causam um desiquilíbrio no sistema.
Enquanto os indivíduos do filme estavam trabalhando juntos por um mesmo objetivo, que era manter o equilíbrio tudo corria muito bem. A partir do momento que um novo elemento foi inserido naquele ambiente, houve um momento de discórdia e com isso o início do desiquilíbrio, pois os indivíduos pararam de trabalhar pelo mesmo objetivo e passaram a pensar no prazer de ouvir a música daquela caixa.
O mesmo acontece com o meio ambiente, que com o passar dos anos e o advento da tecnologia (várias invenções que provocam desiquilíbrio ecológico) tem sido destruído, prejudicando fauna, flora e a própria vida.
Foram estas as conclusões que pude tirar assistindo ao vídeo Balance da Interdisciplina de Ciências, que a princípio parecia não ter muito a dizer mas com as relações que fomos fazendo com o tema proposto conclui que ele tem tudo a ver com o meio ambiente ou com o espaço em que vivemos.
Esta mesma reflexão feita na época relacionada com o meio ambiente, penso ser possível ser feita sobre o próprio ambiente onde trabalhamos, pois quando não se trabalha pensando no todo e se deixa com que as vaidades ou outros motivos sejam mais importantes do que a realização do trabalho, também existe este desequilíbrio e esta desarmonia. O que pode gerar conflitos e situações desagradáveis que vão fazer com que as pessoas se afastem cada vez mais do seus objetivos e gerar situações desagradáveis para todos envolvidos na situação.

domingo, 26 de setembro de 2010

Análise semestre 3

Relembrando o semestre e lendo as postagens realizadas percebo que ainda não havia compreendido a finalidade do Blog, pois mais relatava que refletia sobre minhas aprendizagens, mas lembro também que foi neste semestre que tivemos uma aula muito esclarecedora sobre este tema.
Escolhi uma postagem feita sobre um projeto de artes realizado em grupo sobre um obra que vimos durante a Bienal, que por sinal foi um  momento muito bom, pois mostrou a importância de uma visita guiada e com objetivos pré-definidos e não simplesmente uma ida por ir sem um olhar mais atento as obras e um entendimento das intenções do artista ao produzir aquela  obra.
Nesta postagem escolhida refleti sobre o trabalho de Artes nas escolas, que muitas vezes utilizamos como um complemento de um trabalho e nunca como o foco central de um projeto, que podemos nos deter em vários aspectos do trabalho sem nos determos somente no comum que é fazer um desenho, uma releitura ou algo neste estilo.
Estou percebendo a importância de voltar ao que escrevemos, pois como esquecemos facilmente das coisas que naquele momento que estudamos nos empolgou, nos fez mudar a maneira de trabalhar naquele momento, mas com o tempo acaba sendo esquecido. Relendo as postagens acabei recordando de muitas ideias que tive naquela época , que pus em prática e acabei esquecendo e que vou utilizar novamente, pois me recordo que deram resultados muito bons.
Esta sendo uma experiência muito positiva esta de mergulharmos naquilo que já fizemos e experimentamos, mas que muitas vezes as preocupações com o novo nos fazem esquecer do que já passou e foi tão positivo.

sábado, 25 de setembro de 2010

Analise do semestre 2

A disciplina que mais mexeu com as minhas estruturas neste segundo semestre foi a de psicologia, que nos introduziu no mundo de Freud e nas fases do desenvolvimento infantil. Neste semestre não achei nenhuma postagem, pois não me recordo se não precisávamos postar ou se perdi estas postagens, pois me recordo que tive problemas com o Blog, portanto não posso analisar nenhuma postagem, pois não as tenho.
Analisando os trabalhos feitos e recordando da época em que estudamos, recordo que fiquei bastante impressionada com a disciplina de psicologia, pois a medida que íamos estudando, muitas vezes me pegava observando e analisando os alunos e suas atitudes tentando encaixá-las nos modelos que íamos estudando, lembro que até comentei com alguns colegas que a disciplina não estava me fazendo bem, pois não parava de analisar o comportamento dos alunos.
Hoje percebo a importância de termos estudado isto início, pois nos deu condições de conhecer a nossa clientela e de nos posicionarmos quanto a algumas atitudes próprias dos alunos que muitas vezes não entediamos mas que tinham alguma explicação na fase vivida pelo aluno ou em algo que não foi bem trabalhado na sua primeira infância.

domingo, 12 de setembro de 2010

Análise do semestre 01

Analisando as postagens do primeiro semestre, uma das coisas que me chamou atenção foi a angústia e o cansaço expresso em todas as postagens. Pude perceber como estava assustada com esta  nova  empreitada  e completamente perdida quanto ao o que fazer e como usar algumas ferramentas.
O primeiro semestre visou principalmente a apropriação das tecnologias, assim como a nossa inserção no mundo digital, que até aquele momento era algo novo. Além disso a maioria das interdisciplinas nos estimulava a navegar pelo trabalho das colegas para percebermos que assim como nós elas também tinham dificuldades.
Lendo os trabalhos e as postagens percebi como realmente estávamos cruas em relação a escrita e até ao próprio pensamento e a analise de algumas questões feitas de forma superficial, devido a pouca prática e ao muito tempo em que ficamos sem estudar.
O primeiro semestre foi marcado por novas descobertas,  de novas pessoas e de uma realidade diferente que até aquele momento era completamente diferente para todos nós, inclusive para a universidade, que juntamente com nós estava se aventurando em uma nova empreitada. O primeiro semestre foi marcado também com uma volta para nós mesmos, onde analisamos a nossa vida pessoal, profissional, nossos objetivos em relação a nossa carreira.
Retirei um trecho de uma postagem feita no primeiro semestre que traduz o que ainda penso hoje em dia e que lendo achei bonito e interessante, pois naquele momento que foi escrita marcava o início de uma caminhada e agora pode servir também como o fechamento desta etapa e o início de outras que virão.

Tenho ousadia para mudar radicalmente de profissão e de lançar-me a um novo desafio, chamado PEAD, onde busco a ilha desconhecida chamada especialização e conhecimento. 
Uma coisa que me deixa receosa, é com o tempo tornar-me igual a algumas colegas que dão aulas a séculos e sempre da mesma maneira, sem ousar, sem tentar fazer nada de diferente em prol de seus alunos, e porque não afirmar também, em prol de si mesmas. 
Quero dialogar sobre tudo que é bom, pelo futuro, pelas decisões acertadas, que no futuro transformam-se em algo sólido e gratificante. E principalmente quero falar de minha conquista da minha ilha desconhecida, que nada mais é do que o encontro de mim com mim mesmo. 
Concluindo, aquilo que quero e todos nós queremos, é nos encontrarmos, tanto em nossa vida profissional quanto na pessoal e isto só conseguiremos se sairmos de nós mesmos.

domingo, 29 de agosto de 2010

Trabalho de Conclusão

Finalmente estamos chegando na etapa final de nossa caminhada como estudantes do curso de Pedagogia à Distância da UFRGS. Já passamos pela etapa que na minha opinião foi a que causou mais angustia que foi o estágio, onde apesar de termos experiência, tivemos que colocar em xeque aquilo que desenvolvemos nestes 8 semestres de curso e que incorporamos em nosso dia-a-dia de trabalho.
Agora vamos ao trabalho de conclusão, que como o nome já diz é a conclusão de nosso curso e o momento de repensar sobre e longa jornada que fizemos até aqui.
Já tivemos duas aulas que serviram para tranqüilizar à todas, pois faremos nosso TCC sobre as mudanças e as nossas observações realizadas durante o estágio e dentro do que realizamos embasar teoricamente nossos atos e responder a pergunta inicial que será a geradora de nosso trabalho.
Nossas orientadoras conversaram conosco de uma forma bastante franca e tranquilizadora esclarecendo da melhor forma possível nossas dúvidas.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Semana 9

Nesta semana chego ao fim de mais uma etapa da minha, menos feliz do que esperava e pensava, mas realizada por conseguir mostrar um pouco do trabalho realizado por mim. Frustrada por não ter feito tudo que planejei, principalmente na área das mídias e tecnologias, mas feliz por aquilo que consegui fazer.

Planejar, esquematizar, prever determinados conteúdos, aula e situações é muito bom, aliás, não é somente bom, mas sim essencial para a realização de um bom trabalho. No entanto, é de extrema importância que este planejamento seja flexível, pois como estamos lidando com pessoas, estamos sujeitos a imprevistos. No início da minha carreira do magistério, não tinha esta visão e flexíbilidade o que acabava me deixando frustradíssima quando algo não acontecia como o planejado, acabava me cobrando muito e muitas vezes passando esta frustração para os alunos.
Segundo Gandin (2001, p. 83), "é impossível enumerar todos tipos e níveis de planejamento necessários à atividade humana. Sobretudo porque, sendo a pessoa humana condenada, por sua racionalidade, a realizar algum tipo de planejamento, está sempre ensaiando processos de transformar suas idéias em realidade. Embora não o faça de maneira consciente e eficaz, a pessoa humana possui uma estrutura básica que a leva a divisar o futuro, a analisar a realidade a propor ações e atitudes para transformá-la."
Hoje em dia continuo não gostando quando as coisas não acontecem como planejo, mas agora tenho jogo de cintura para adaptar as situações da melhor forma possível e principlamente não me cobrar tanto como no início.
Nestas nove semanas de estágio, muitas coisas não aconteceram como havia previsto em meu projeto de estágio, mas acredito que as adaptações acabaram acontecendo de maneira natural e da melhor forma possível, mostrando que devemos estar preparadas para imprevístos e para a falta ou excesso de entusiamo dos alunos e que destes imprevistos tirar o melhor possível para crescermos como profissionais e também modificar o deve e pode ser modificado conforme as situações e a turma que é aplicada, pois nenhuma turma é igual a outra.
Referências Bibliograficas:
Posição do planejamento participativo entre as ferramentas de intervenção na realidade. Currículo sem Fronteira, v.1, n. 1, jan./jun., 2001, pp. 81-95.

domingo, 6 de junho de 2010

Semana oito


Esta semana, apesar de curta, logo na segunda-feira apresentou um situação que me deixou bem triste e abalada. Logo que cheguei a escola, depois de bater meu ponto, duas alunas vieram ao meu encontro, uma delas visivelmente triste e a outra com muita pena da colega. Minha aluna chegou até mim dizendo: "Prof., aconteceu uma tragédia com a minha família." Eu  a princípio achei que ela estava brincado, mas depois reparei os sinais de lágrimas do rosto dela e perguntei o que havia acontecido. Ela disse que seus pais haviam se separado e que o pai havia saido de casa.Sua mãe lhe falou que para ela o pai não voltaria mais. Neste momento ele começou a chorar novamente, então de uma forma muito delicada conversei com ela, dando-lhe a certeza que mesmo separados ambos continuariam a ser seu pai e sua mãe e que mesmo que o pai não voltasse mais para a mãe ele sempre voltaria para as filhas, pois ele havia deixado de ser marido mas continuava a ser pai. Abracei ela e continuei mais algum tempo consolando ela. Não sei se o que falei para ela trouxe algum alivio, mas durante a aula coloquei-a sentada na minha frente e notei que ela estava muito melhor.
Isto me fez questionar do papel do professor hoje em dia, pois ouve-se muito, principalmente na sala do professores, em momentos de frustração, que "estamos aqui para ensinar", "educação se dá em casa", "se tem problemas procure um médico" e outras coisas do tipo. Não consigo ser assim, não por não concordar com algumas, mas porque sou humana e não conseguiria deixar uma criança ou uma pessoa que viesse até mim, falando de um problema, sem pelo menos escutá-la. Fico pensando se estas pessoas que muitas vezes falam isso realmente pensam isso, ou em momentos de frustração, falam isso da boca para fora. Trabalhamos com seres humanos, estamos sujeitos a passarmos por momentos frustrantes, pois nem sempre as pessoas correspondem a nossas idéias com o entusiasmo ou com as respostas que esperamos, pois as pessoas são imprevisíveis, nem sempre reagem da forma que esperamos e é isso que nos diferencia das máquinas.
Segundo Gadotti (1998), "faz-se mister que o professor se assuma enquanto um profissional do humano, social e político, tomando partido e não sendo omisso, neutro, mas sim definindo para si de qual lado está, pois se apoiando nos ideais freireanos, ou se está a favor dos oprimidos ou contra eles. Posicionando-se então este profissional não mais neutro, pode ascender à sociedade usando a educação como instrumento de luta, levando a população a uma consciência crítica que supere o senso comum, todavia não o desconsiderando".
Na minha concepção, penso que estamos na vida destas crianças, não somente para ensinar os conteúdos, mas sim para orientar, para dar exemplos, pois deve ser frustrante passar pela vida de um aluno sem deixar pelo menos uma pequena marca ou lembrança.
“O professor autoritário, o professor licencioso, o professor competente, sério, o professor incompetente, irresponsável, o professor amoroso da vida e das gentes, o professor mal-amado, sempre com raiva do mundo e das pessoas, frio, burocrático, racionalista, nenhum deles passa pelos alunos sem deixar sua marca." (FREIRE, 1996, p.73) 
Acredito que respeito se conquista e não se impõe, pois muitas vezes se ouve comentários a respeito de desrespeito por parte dos alunos, mas penso que isso se deve a muitas vezes a posturas autoritárias, a muitas vezes uma postura de donos da verdade que incomoda quem é o foco dela. Tratando com seres humanos estamos diante da lei da " ação e reação" e também, como já comentei do fato de sermos imprevisíveis e sujeitos a dias ruins.
“O professor não apenas transmite uma informação ou faz perguntas, mas também ouve os alunos. Deve dar-lhes atenção e cuidar para que aprendam a expressar-se, a expor opiniões e dar respostas. O trabalho docente nunca é unidirecional. As respostas e as opiniões dos alunos mostram como eles estão reagindo à atuação do professor, às dificuldades que encontram na assimilação dos conhecimentos. Servem também para diagnosticar as causas que dão origem a essas dificuldades. (1994, p.250) 
Para finalizar um pensamento de Freire, que reflete um pouco do meu jeito de ser e tratar com os alunos, sou exigente, mas procuro ter uma postura próxima dos alunos, uso um pouco do carisma que acredito possuir para conquistá-los e de alguma forma realizar meu papel de professor. 
“... o bom professor é o que consegue, enquanto fala, trazer o aluno até a intimidade do movimento do seu pensamento. Sua aula é assim um desafio e não uma ‘cantiga de ninar’. Seus alunos cansam não dormem. Cansam porque acompanham as idas e vindas de seu pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas, suas incertezas.” (FREIRE, 1996, p.96)
Referências bibliográficas:
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
Gadotti, Moacir (1998): Pedagogia da práxis, 2.ª ed., São Paulo, Cortez.
LIBÂNEO, J. C.. Didática. São Paulo: Cortez, 1994