domingo, 12 de julho de 2009

Desenvolvimento Moral

Educar moralmente não é segundo Piaget, apenas um ato de implantar valores na criança, mas também, e principalmente, um ato de ajudar a compreender esses valores, tomando consciência deles. Para tanto, é necessário perceber como se dá o respeito às regras e aos valores que norteiam a vida da criança.

No aspecto moral, segundo Piaget, a criança passa por uma fase pré-moral, caracterizada pela anomia, coincidindo com o "egocentrismo" infantil que vai até aproximadamente 4 ou 5 anos. Gradualmente, a criança vai entrando na fase da moral heterônoma e caminha gradualmente para a fase autônoma.

O quadro abaixo relaciona as atitudes interiores e as fases morais:

ANOMIA

HETERONOMIA

AUTONOMIA

Bagunça

Devassidão

Libertinagem

Dissolução

Medo

Autoritarismo

Imposição

Castigo

Prêmio

Respeito unilateral

Autocracia

Tirania

Cooperação

Amor

Respeito mútuo

Afetividade

Livre-arbítrio

Democracia

Reciprocidade

Lei Causa e Efeito

Trabalho com crianças de 08 a 13 anos o que me dá um grande material para analise. A turma com a qual trabalho na parte da manhã é uma terceira série, com alunos de 8 a 11 anos, todos muito queridos e com poucos problemas de indisciplina, acontecem às vezes alguns desentendimentos entre eles, mas nada que eu tenha que intervir. Todos possuem um comportamento bem infantil condizente com sua idade.

Na parte da tarde possuo uma quarta série, onde as idades variam de 9 a 13 anos, nesta sim tenho muitos problemas de indisciplina e atos de violência tanto física quanto verbal entre eles.

Um dia dois meninos, o Lucas de 13 anos e o Vinícius de 10 começaram a discutir em função de um trabalho em grupo que estavam fazendo e de uma hora para outra o Vinícius deu um empurrão no Lucas que revidou dando um soco no braço do colega. Ambos os alunos já se envolveram em diversas situações parecidas, muitas vezes juntos e em outras ocasiões separados envolvendo outras pessoas.

Lendo o texto, “Significações de violência na Escola: Equívocos da compreensão dos processos de desenvolvimento moral na criança?”,de Jaqueline Picetti, ela no leva a pensar que tudo não passa de uma questão de justiça e que as crianças estão aplicando punições entre si de acordo com o que receberam um do outro, mas questiono o seguinte, será que no caso destes meus dois alunos eles estão realmente aplicar a justiça de acordo como pensam ou realmente eles possuem mesmo um comportamento agressivo, até em função da idade, pois um já é um adolescente e outro quase completando 11 anos está na pré adolescência.

Analisando o comportamento destes dois alunos posso chegar a conclusão que são moralmente imaturos, pois ainda estão no estágio da anomia ou egocentrismo, pois ambos sempre revidam de forma agressiva quando acontece algo que os contraria.

Pensando e analisando um pouco estes meninos e outros da mesma turma que também possuem um comportamento assim me pergunto: Será que todos possuem uma imaturidade moral, ou será que existem outros fatores que influenciam além dos seus desenvolvimentos morais?

Na verdade eu penso que além de ser imaturos eu acredito que as influências externas têm muito a ver com o comportamento destes alunos em particular, como a televisão, com seus desenhos e filmes violentos que eles tanto cultuam e principalmente games que não são adequados para idade que muitas vezes eu os vejo comentarem que jogam e tem.

Analisando meus alunos da parte da manhã, muitas vezes acontecem coisas do tipo de um esbarrar no outro e este acabarem revidando, mas tudo dentro de certa normalidade. Percebo também entre eles esta questão de obedecer às regras, muitas vezes sem saber nem porque, mas como foi instituído por alguém cobrar este comportamento dos outros que tenha quebrado ela.

Concluindo, que ao se pensar em uma educação moral, esta deve ser muito refletida, pois, numa primeira instância, devemos tomar conhecimento de como se desenvolve a moralidade na criança, já que esta depende, também, do desenvolvimento cognitivo. É neste contexto, portanto, que devemos conhecer os meios adequados para desenvolver a capacidade do juízo moral na criança.

Ação

Durante a atividade de ação, optei em realizar uma atividade que envolvesse uma ação direta dos alunos, onde através da sua ação sobre os objetos de pesquisa eles pudessem construir seu conhecimento. Estávamos trabalhando o solo e pedi para que analisassem com a ajuda de uma lupa e do tato três amostras de terra (argila, areia e terra preta) para que percebessem a diferença de tamanho das partículas de cada uma. Em seguida utilizando um funil para cada amostra de terra, pedi que os alunos colocassem as amostras de solo uma em cada funil e em seguida despejassem a mesma quantidade de água nos três funis e com isso analisassem o tempo que a água demoraria em passar pelos três recipientes. Depois de concluída esta parte pedi que os alunos em grupo relacionassem o tempo que a água demorou em passar pelas amostras e o tamanho das partículas de solo que eles analisaram.

Analisando esta aula e levando em conta o significado de construtivismo: “a idéia de que nada, a rigor, está pronto, acabado, e de que, especificamente, o conhecimento não é dado, em nenhuma instância, como algo terminado. Ele se constitui pela interação do Indivíduo com o meio físico e social, com o simbolismo humano, com o mundo das relações sociais; e se constitui por força de sua ação e não por qualquer dotação prévia, na bagagem hereditária ou no meio, de tal modo que podemos afirmar que antes da ação não há psiquismo nem consciência e, muito menos, pensamento.”; posso chegar à conclusão que a aula foi construtivista, pois os alunos construíram o seu conhecimento a partir da ação e da observação que tiveram sobre os objetos de estudo, que neste caso foram as amostras de solo. A partir desta observação e ação que tiveram os alunos concluíram, sem ter nenhum prévio conhecimento sobre o assunto que quanto maior a partícula do solo a água vai passar mais facilmente o que é o caso da areia e quanto menor for à partícula mais tempo vai demorar a água passar, que é o caso da argila. Realmente estes conceitos de permeabilidade da água ficaram bem gravados para os alunos, pois sempre que questionados sobre o assunto os alunos sempre se lembram da experiência que fizeram e conseguem relacionar os conceitos com a prática realizada.

Segundo PIAGET, “o aluno é um sujeito cultural ativo cuja ação tem dupla dimensão: assimiladora e acomodadora. Pela dimensão assimiladora ele produz transformações no mundo objetivo, enquanto pela dimensão acomodadora produz transformações em si mesmo, no mundo subjetivo. Assimilação e acomodação constituem as duas faces, complementares entre si, de todas as suas ações.” Para a epistemologia genética a ação é promotora de aprendizagem. Piaget acreditava que a aprendizagem acontece a partir da ação do sujeito, sendo que essa ação pode ser física ou mental.

Estes dois processos buscam restabelecer um equilíbrio mental perturbado pelo contato com um dado incompatível com aquilo que se conhece até então (princípio de equilibração). No primeiro caso aquilo com que se entra em contato é assimilado por um esquema já existente que então se amplia, no segundo, o dado novo é incompatível com os esquemas já formulados e então se cria um novo esquema acomodando este novo conhecimento. Este novo esquema será então ampliado na medida em que o indivíduo estabelecer relações com seu meio.

No caso da atividade realizada em sala de aula os alunos agiram sobre os objetos e a partir desta ação foram construindo o seu conhecimento. Pois aparentemente para os alunos os solos todos eram iguais somente apontando como diferença a sua coloração, mas a partir de uma analise mais apurada onde puderam ver com mais atenção e principalmente tocar as amostras de solo eles tiveram que mudar este conceito e criar um novo esquema mental e criar um novo conceito: que quanto maior a partícula menos água ela irá reter. Com o tempo os alunos começam a perceber no próprio ambiente onde vivem ou dos lugares que freqüentam as mesmas ações acontecendo.

Como por exemplo, “quando choveu muito e a água ficou empossada, pois o solo era argiloso e como a areia da praia deixa a água do mar passar rápido por ela”. Com estas observações feitas pelos alunos pude perceber que houve a assimilação e a acomodação destes conteúdos construídos a partir da ação dos alunos sobre o objeto de aprendizagem.

domingo, 31 de maio de 2009

MÉTODO CLÍNICO II

Acredito que com esta segunda experiência conseguimos nos sair melhor, pois encaramos com mais segurança e principalmente conseguimos questionar com mais clareza, sem confundir o testado ou influenciar.
Este teste foi mais rápido que o primeiro, feito com a Karina, pois conseguimos conduzi-lo melhor e também porque o Nathan já estava dando como certo que era sempre igual às massinhas e que como eu não acrescentava nem tirava nada estava se impacientando em responder algo que para ele era fato consumado.

Seminário Integrador


Fico muitas vezes me questionando a utilidade de realizar estas postagens, pois nos comentários que recebemos, falo recebemos, pois esta não é somente uma reclamação minha, somos questionadas sobre nossas aprendizagens. Como se as aprendizagens fossem algo que acontecessem instantaneamente, quem me dera, pois assim com certeza teriamos menos trabalho como professoras.

Muitas vezes fui questionada sobre qual a minha concepção sobre o texto que postei, que são as idéias centrais do trabalho que entreguei, mas se fui eu que escrevi, não copiei de ninguém, aquelas idéias e concepções só podem ser minhas ou sejam representam a minha aprendizagem e o meu entendimento do assunto estudado.

Agora como isto mudou minha vida ou meu modo de pensar minha aula, tenho certeza que é algo que não acontece instantaneamente com a obrigação de postar algo novo a cada semana, portanto acredito que seja por isso que vemos tantas pessoas com suas postagens atrasadas, penso que talvez elas esperem que algo novo aconteça e por isso acabam não postando com a velocidade e frequencia requerida pelo curso.

Concepções de índio


Os habitantes das Américas foram chamados de índios pelos europeus que aqui chegaram. Uma denominação genérica, provocada pela primeira impressão que eles tiveram de haverem chegado às Índias. Mesmo depois de descobrir que não estavam na Ásia, e sim em um continente até então desconhecido, os europeus continuaram a chamá-los assim, ignorando as diferenças culturais. Era mais fácil tornar os nativos todos iguais, tratá-los de forma homogênea, já que o objetivo era um só: o domínio político, econômico e religioso.

Até 1970 os índios não aceitavam esta denominação, considerando-a ofensiva, pois não se enxergavam como iguais e sim como povos diferentes cada qual com sua própria cultura e língua. De pejorativo, o termo índio, passou a ser uma marca identitária capaz de unir povos historicamente distintos e rivais na luta por direitos e interesses comuns. É neste sentido que hoje todos os índios se tratam como parentes. O termo parente não significa que todos os índios sejam iguais e nem semelhantes. Significa apenas que compartilham de alguns interesses comuns, como os direitos coletivos, a história de colonização e a luta pela autonomia sociocultural de seus povos diante da sociedade global.
A partir de então os indígenas perceberam que deveriam se unir em um único povo, sem perder sua identidade para poderem reivindicar seus direitos, pois de donos da terra, passaram a ser tratados como hospedes, perdendo praticamente seu direito de posse da terra para ter que viver em áreas demarcadas pelo governo.
Antes desta união por parte dos indígenas, muitos renegavam suas origens étnicas denominando-se caboclos, pois não queriam se declarar índios e não podiam dizer serem brancos, já que ninguém consegue esconder os traços físicos de sua herança étnica.
“O reconhecimento da cidadania indígena brasileira e, conseqüentemente, a valorização das culturas indígenas possibilitaram uma nova consciência étnica dos povos indígenas do Brasil. Ser índio transformou-se em sinônimo de orgulho identitário. Ser índio passou de uma generalidade social para uma expressão sociocultural importante do país. Ser índio não está mais associado a um estágio de vida, mas à qualidade, à riqueza e à espiritualidade de vida. Ser tratado como sujeito de direito na sociedade é um marco na história indígena brasileira, propulsor de muitas conquistas políticas, culturais, econômicas e sociais.” (extraído do Livro “O Índio Brasileiro: o que você precisa saber sobre os povos indígenas no Brasil de hoje” – Brasília, 2006. Gersen dos Santos Luciano – Baniwa)
O que se vê agora são indígenas retomando suas tradições e seu modo de vida, tentando resgatar sua identidade cultural a muito perdida e renegada em função do preconceito que existia com sua raça. A transmissão da cultura, das histórias, dos costumes, dos rituais dos mais velhos para as novas gerações vão garantir que esta cultura não morra e que possa ser valorizada pelas novas gerações.
E principalmente a valorização de todos pela cultura indígena e pela contribuição para nossa cultura, que os índios possam ser vistos como seres humanos, como cidadãos brasileiros, com os mesmos direitos e deveres que todos os cidadãos, sejam brancos, negros, asiáticos.
Que o índio possa ser visto como um cidadão capaz de trabalhar e estudar e atuar em qual quer área que se disponha a atuar. Sem que as pessoas tenham os pré conceitos que os índios são preguiçosos e selvagens ou a visão romanceada que são protetores das matas e animais.

“A interculturalidade é uma prática de vida que pressupõe a possibilidade de convivência e coexistência entre culturas e identidades. Sua base é o diálogo entre diferentes, que se faz presente por meio de diversas linguagens e expressões culturais, visando à superação da intolerância e da violência entre indivíduos e grupos sociais culturalmente distintos.” (Gersen dos Santos Luciano – Baniwa)

domingo, 24 de maio de 2009

Método Clínico

Quando aplicamos o método clínico de conservação de massa, estávamos somente perguntando quais das duas eram maiores e não perguntando por que ela achava isso, depois iniciamos perguntando o porquê das respostas da Karina ai ela começou a responder que um tinha uma quantidade maior do que a outra, e quando pedi para ela pegar na mão sentir o peso e a forma ele mudou de idéia dizendo serem do mesmo tamanho.
Quanto a nossa atuação, acredito que a prática leva a perfeição, portanto como primeira experiência podemos melhorar muito, pois não conseguimos fazer exatamente igual ao roteiro e estávamos inseguras. Acredito que futuramente aplicando mais vezes o resultado será melhor e conseguiremos perguntar mais e investigar melhor a resposta dada pela criança fazendo mais questionamentos para que a criança possa justificar melhor a sua resposta.
Agora com a próxima atividade, com certeza teremos a chance de rever nossos erros e tentar fazer de uma forma diferente para chegarmos o mais perto possível daquilo que é esperado.

“O bom experimentador deve, efetivamente, reunir duas qualidades aparentemente incompatíveis: saber observar, deixar a criança falar, não desviar nada e, ao mesmo tempo, saber buscar algo preciso, ter a cada instante uma hipótese de trabalho, uma teoria verdadeira ou falsa para controlar”. (PIAGET, J. A Representação do Mundo na Criança. Rio de Janeiro: Distribuidora Record, [s.d.].p. 11)




Educação após Aushwitz

"Qualquer debate acerca das metas educacionais carece de significado e importância frente a essa meta: que Auschwitz não se repita. Ela foi a barbárie contra a qual se dirige toda a educação. Fala-se da ameaça de uma regressão à barbárie. Mas não se trata de uma ameaça, pois Auschwitz foi a regressão; a barbárie continuará existindo enquanto persistirem no que têm de fundamental as condições que geram esta regressão" (Adorno)
Para Adorno, a educação deve, simultaneamente, evitar a barbárie e buscar a emancipação humana. Ele questiona a educação autoritária e pensa uma educação emancipatória.
Adorno sustenta a idéia de que a escola deve ser remodelada, ou melhor, ainda, ela deve receber mais recursos e suportes que ajudem na educação de forma geral. Deve-se fazer com que os métodos de ensino nas escolas sejam dinâmicos e proporcionem aos alunos meios para interagirem e se tornarem parte da escola.
Ao falar de educação após Auschwitz Adorno ressalta dois aspectos. O primeiro se refere à educação infantil, principalmente na primeira infância: o segundo está relacionado ao esclarecimento geral, que produz um clima intelectual, social e cultural que impeça tal reprodução.
Na primeira infância ocorre a formação do caráter da criança, por isso é tão importante que hábitos, atitudes e valores sejam bem trabalhados nesta idade, por isso a importância da educação infantil, mas principalmente da consciência dos próprios pais em darem um bom exemplo e servirem de modelo para seus filhos, pois de nada adianta o trabalho da escola se os próprios pais ignoram estes hábitos, atitudes e valores.
Adorno sustenta a tese de que é importante se pensar a cada dia na possibilidade de uma nova Auschwitz. Carregar essa suposta desconfiança e estar historicamente informado a respeito do fato é comprometer-se em criar medidas de prevenção que possam evitar uma nova Auschwitz. E ainda: ignorar tais fatos e afastá-los da história é uma ação digna de condenação, pois mesmo o homem moderno com suas tendências e projetos para o futuro deve se lembrar que sua existência presente é fruto do tempo que passou.
Neste caso é obrigação da escola estudar mais a fundo este episódio e não simplesmente colocá-lo como uma tragédia que aconteceu e que matou milhões de pessoas, mas sim pesquisar os motivos de tal barbárie e quais as suas conseqüências na nossa atual sociedade e além de tudo relacionar com o que acontece nos dias atuais, relacionando com os atos igualmente bárbaros que são praticados principalmente contra as crianças que por serem mais fracas não tem como se defender.
Para concluir esta postagem sobre as idéias do autor, seria interessante analisar qual o papel da nossa sociedade hoje no combate da barbárie. Segundo ele, todas as pessoas hoje, sem qualquer exceção, se sentem mal-amadas, por que não são capazes de amar o suficiente. Com certeza a falta de amor hoje pela pessoa do próximo poderia levar a uma repetição de uma nova Auschwitz. Além deste desamor que permeia nossa sociedade seria importante destacar também a intolerância que é uma conseqüência deste desamor, pois muitas vezes por intolerância são cometidas as piores injustiças e os atos mais injustificados.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Clube do Imperador


"A juventude envelhece, a imaturidade é superada, a ignorância pode ser educada e a embriaguez passa, mas a estupidez dura para sempre.” Aristófanes


Refletindo sobre a situação do professor, que chegou ao ponto de passar por cima de seus princípios por apostar no menino e mostrar que este também é capaz, fico pensando em quantas vezes nós professores também acabamos apostando em determinados alunos, muitas vezes dando mais atenção e dedicação por achar que eles merecem uma chance e muitas vezes acabamos nos decepcionando e vendo que nossos esforços não foram recompensados ou que não conseguimos deixar nossa marca naquele aluno. Contudo, o filme mostrou tão bem, que aquele professor não conseguiu deixar sua marca naquele determinado aluno, mas depois de 25 anos pode ver que seus outros alunos ainda eram gratos pelas suas instruções e com aqueles ele conseguiu fazer a diferença.
Todos, segundo Paulo Freire, devem ter a consciência da importância da escola e do educador na formação de cidadãos conscientes de suas responsabilidades sociais.
No caso de Sedgewick Bell, o caráter do menino já refletia aquilo que o pai queria moldar no filho, para que este seguisse seus próprios passos, tanto que ele fala para o professor que a função dele é lecionar e o caráter quem iria moldar seria ele próprio, o pai.
Conclui-se com o filme que, por melhor que seja a escola ou o professor, o caráter e a personalidade são moldados pelo “berço” e, no decorrer da vida, os meios podem interferir, porém, o que de fato fica, são os exemplos – bons ou ruins – que recebemos de nossos pais.
Educação de nada serve se não puder ser revertida em crescimento, em desenvolvimento pessoal e coletivo, pois o educador na medida do possível deve educar para as mudanças, buscar a autonomia e a liberdade trabalhando sempre o lado positivo dos alunos a fim de promover suas capacidades de aprendizagem e propiciar uma formação cidadã consciente.

Alunos Negros na Escola



Para o trabalho de questões etnico-raciais na educação procurei entrevistar três meninos, pois como tenho mais convivência com eles me senti mais a vontade para fazer as perguntas a eles do que para alunos maiores como era a minha ideia a princípio.
As perguntas foram às mesmas para os três meninos:
Qual sua etnia?
Os alunos negros responderam que ambos são negros. O menino que se declarou pardo disse ser de origem alemã e negra.
Como você se sente como aluno negro nessa escola?
Todos disseram que sim, pois constantemente recebem apelidos dos próprios colegas que fazem referência a sua cor. Alguns por sinal bem pejorativo, como já tive oportunidade de escutar
O aluno pardo, disse que os colegas o apelidaram de “negão”, já faz muito tempo, mas que ele não é negro, e sim pardo. Este aluno também é obeso e também falou da discriminação que sofre dos colegas por ser gordo e dos apelidos que recebe constantemente dos colegas.
Tenho feito um trabalho desde o início do ano com esta turma em virtude deste mau hábito que eles têm de colocar apelidos nos colegas. Está sendo um trabalho árduo, pois percebo que este hábito é algo que vem da própria casa. Nesta idade os alunos conseguem ser bem cruéis naquilo que falam e muitas vezes não tem a dimensão do quanto conseguem magoar um colega com o que dizem. Sempre procuro passar para eles que uma palavra muitas vezes pode machucar mais que um tapa. Que muitas vezes posso falar algo que magoe meu colega e em seguida pedir desculpas, mas as marcas daquilo que falei já ficaram marcadas na mente do colega e ele não vai esquecer com um simples pedido de desculpas.
Analisando as respostas dos três meninos, todos de alguma forma se sentem inferiozados e discriminados, e isto se reflete no seu desempenho escolar, tanto que um destes meninos que se declarou negro já está três anos na 4ª série e está totalmente desestimulado para estudar.
Quando li o texto de Marilene Leal Pare percebi que o que acontece com estes meninos tem a ver com a realidade da maioria dos negros, pois o negro na maioria das escolas tem baixa auto-estima por ser discriminado e que o índice de evasão entre eles é bastante grande. Fala, ainda, que em muitas escolas a questão não é tratada e permanece o silêncio. Na nossa escola estamos tratando isso da melhor forma possível, falando com toda a turma, tentando conscientizá-los que o que importa não é a aparência exterior, mas sim a honestidade e a vontade de fazer o certo que as pessoas têm, é o que realmente vale.
Não é possível permitir que isso ainda aconteça, pois os direitos são iguais a todos e principalmente, porque somos seres humanos, ou seja, temos a capacidade de pensar e discernir o certo do errado. A aprendizagem do aluno afro descendente não pode ficar prejudicada, pois Educação não tem cor.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Relato de experiência

Trabalho em duas escola da rede estadual de ensino. Pela manhã trabalho no Instituto estadual Coronel Genuíno Sampaio com uma turma de 3ª série/8anos. E na parte da tarde com uma 4ª série/8anos na Escola Estadual de Ensino Médio La Salle de Campo Bom.
Vou falar da escola Genuíno Sampaio que é o local onde trabalho mais tempo. No Genuíno temos algumas crianças com necessidades especiais, principalmente de aprendizagem, mas pelo número de alunos da escola que são 1600 alunos, os com necessidades especiais não chegam a 10. Talvez este fato se deva pela escola estar localizada no centro da cidade e aqui na cidade a maioria das crianças com necessidades especiais acabam frequentando a rede municipal, que dá mais assistência aos portadores de deficiencias. Apesar de no discurso estas mesmas vantagens estarem abertas para as escolas da rede estadual a preferência sempre é de quem está estudando na rede municipal.
Ano passado na minha turma tive um aluno com necessidades especiais na área cognitiva, principalmente na escrita e compreensão que seguindo uma recomendação da professora do ano anterior estava frequentando o NAE e quando ele veio para mim ele ainda frequentava no turno oposto. Um dia falando comigo ele disse que não gostava de ir no NAE porque lá ele só via gente doente e com problemas e ele se sentia muito mal com isso, apesar de ele estar frequentando a sala para reforço escolar e atendimento destas necessidades cognitivas que ele tinha.
Conversando com a mãe pedi que atendesse a vontade dele e fizessemos uma experiência sem o acompanhamento do NAE, da mesma forma como foi falado com ele para que se comprometesse a estudar e fazer as atividades extras que fossem solicitadas. Foi notória a mudança de comportamento do menino, pois antes ele era introspectivo, não participava e não rendia tanto quanto passou a render depois de parar de frequentar o NAE, senti nele uma confiança maior e até a sua aparência que antes parecia mais doentia mudou, pois não vivia angustiado achando que tinha algo de errado com ele. Depois de um tempo a mâe até brincava comigo dizendo que eu tinha levado ele para o mal caminho pois agora ele estava muito diferente, mais alegre.
Este relato meio as avessas que parece não ter nada a ver com a proposta deste dossiê serve para ilustrar como uma criança com dificuldades de aprendizagem se sentia em um ambiente onde predominavam pessoas portadoras de necessidades especiais. O que me pergunto é se este mesmo sentimento e esta mesma angustia não acompanha também aquele aluno com necessidades especiais em uma turma predominantemente normal?
Quero deixar bem claro que não estou desvalorizando o trabalho do NAE, muito pelo contrário adoraria que todas as crianças que necessitam seu atendimento pudessem contar com ele, independentemente da rede escolar que estudam.

ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO


Piaget determinou quatro estágios no desenvolvimento da capacidade de raciocínio do indivíduo, que se sucediam até o início da sua adolescência e correspondiam a sucessivas fases de seu crescimento físico. Essa descoberta tornou-se muito conhecida e fundamento para a pedagogia, a partir de então.
Estágio Sensório-Motor (0 a 2 anos)
- Aprendizagem da coordenação motora elementar
- Aquisição da linguagem até a construção de frases simples
- Desenvolvimento da percepção
- Noção de permanência do objeto
- Preferências afetivas
- Início da compreensão de regras
Estágio Pré-Operatório (2 a 7 anos)
- Domínio da linguagem
- Os objetos são percebidos como tendo intenções de afetar a vida da criança e dos outros seres humanos.
- Brincadeiras individualizadas, limitação em se colocar no lugar dos outros
- Possibilidade da moral da obediência, isto é, que o certo e o errado são aquilo que dizem os adultos.
- Coordenação motora fina.
Estágio das Operações Concretas (7 a 11 ou 12 anos)
- Início da capacidade de utilizar à lógica
- Número, conservação de massa e noção de volume
- Operações matemáticas, gramática, capacidade de compreender e se lembrar de fatos históricos e geográficos
- Auto – análise, possibilidade de compreensão dos próprios erros
- Planejamento das ações
- Compreensão do ponto-de-vista e necessidades dos outros
- Coordenação de atividades, jogos em equipe, formação de turmas de amigos (no início de ambos os sexos, no fim do período mais concentrada no mesmo sexo).
- Julgamento moral próprio que considera as intenções e não só o resultado (p.ex. perdoar se foi “sem querer”). Menos peso à opinião dos adultos.
Estágio das Operações Formais (11-12 anos em adiante)
- Abstração matemática
- Formação de conceitos abstratos (liberdade, justiça)
- Criatividade para trabalhar com hipóteses impossíveis ou irreais. Possibilidade de dedicação para transformar o mundo.
- Reflexão existencial (Quem sou eu? O que eu quero da minha vida?)
- Crítica dos valores morais e sociais
- Moral própria baseada na moral do grupo de amigos
- Experiência de coisas novas, estimuladas pelo grupo de amigos
- Desenvolvimento da sexualidade

terça-feira, 21 de abril de 2009

Mosaico



A proposta desta atividade é trabalhar os diferentes grupos étnicos em sala de aula e como fechamento a confecção de um mosaico que contemple esta discussão.

Iniciei conversando a respeito das origens de cada um, claro que antes pedi que fizessem uma pesquisa com os seus familiares para que soubessem um pouco da suas origens. Em seguida fomos ao laboratório de informática onde pedi que pesquisassem imagens das diferentes raça e povos que compõem o nosso povo brasileiro e que cada um pesquisasse aquele que povo que faz parte de sua formação racial.
Depois que cada um procurou as imagens selecionamos algumas e fizemos uma colagem com elas para expormos no mural da sala de aula para complementarmos o nosso trabalho sobre os índios e o Descobrimento do Brasil.
Foi muito interessante ver o entusiasmo dos alunos em procurar as imagens no computador e muitas vezes a surpresa ao se depararem com algumas informações sobre os povos que compunham sua formação racial. O simples fato de estar realizando este trabalho no computador, que é uma ferramenta que adoram, a diversidade de informações e imagens que encontraram deixou a maioria muito entusiasmada. A princípio imaginei que haveria problemas, com brincadeiras ou algumas piadas entre os colegas em virtude das imagens, mas a aula fluiu muito bem sem problemas. Esta atividade foi realizada com uma turma de 31 alunos de 4ª série/8anos da Escola Estadual de Ensino Médio La Salle. O resultado do trabalho foi gratificante, pois ajudaram bastante alguns alunos se aceitarem melhor e principalmente a verem que apesar de alguns colegas serem diferentes entre si muitos tem em comum pertencerem aos mesmos grupos étnicos. Esta atividade serviu para amenizar um problema que tenho com dois alunos negros e seus outros colegas, que muitas vezes acabavam dando apelidos ofensivos uns ao outros baseados na sua cor e características físicas.

O dilema do antropólogo francês

O dilema do antropólogo Claude Lee consiste em interferir ou não na crença dos nativos da ilha que esta estudando. A crença destes nativos é que eles acreditam que os mensageiros dos deuses são homens de pele branca, seres que expressam a vontade absoluta dos deuses – tudo o que disserem deverá ser obedecido.
Ao ser questionado pelos nativos se ele é um mensageiro dos deuses, Claude responde que sim, mas ao ser perguntado se todos os homens brancos são mensageiros dos deuses ele enfrenta seu dilema, pois se responder sim estará expondo os nativos às más intenções de outros homens brancos e se responder não estará interferindo na crença destes nativos.
Em minha opinião ele se propôs a fazer aquilo que estava de acordo com os seus princípios e com o objetivo da sua pesquisa e carreira, ou seja, estudar os costumes dos povos e não interferir de maneira nenhuma no seu modo de vida. Eu particularmente também não interferiria, pois cada povo tem suas crenças e seus costumes e não cabe a nós julgarmos, mesmo que não concordemos e que muitas vezes vá contra alguns costumes que temos. Vários costumes dos povos orientais vão completamente contra os nossos princípios e a nossa cultura, mas nem por isso cabe a nós julgarmos ou interferirmos.

domingo, 12 de abril de 2009

Aprendizagem


Primeiramente, penso que para aprender é preciso em primeiro lugar querer aprender e em segundo lugar é preciso criar técnicas ou métodos para aprender, pois cada um aprende de uma forma diferente e para isso é necessário tentar a forma mais adequada.
Posso citar aqui como uma nova aprendizagem, que não é mais tão nova assim é a criação de slides em Power Point, coisa que antes de entrar no curso não usava e, portanto não tinha noção de como fazer. A partir da Interdisciplina de TICs, onde tivemos que fazer uma apresentação sobre a própria disciplina é que precisei aprender a fazer os slides, antes até usava o computador, mas não para isso.
Esta aprendizagem foi construída individualmente, pois realizei o trabalho em casa e depois de muitas tentativas consegui um resultado que me deixou bastante satisfeita. Para construir esta aprendizagem utilizei o computador, pesquisa na internet e os tutoriais que foram oferecidos. Parece algo bem bobo, mas como não tinha a necessidade, nem a noção de para que pudesse usar nunca realmente me preocupei em aprender apesar de na época já ter computador.
Como em todas as aprendizagens que tenho realizado preciso fazer para aprender, vou tentando até conseguir, mesmo que isto demore mais tempo, mas para mim é muito importante fazer. Como estamos em um curso a distância me acostumei a ficar sozinha e tentar até conseguir e só depois de gastar todas as possibilidades procuro algum esclarecimento com alguém.
Pode até parecer um pouco individualista este comportamento, mas é um método que para minha aprendizagem é importante, pois agora domino perfeitamente esta aprendizagem e as outras que tivemos que aprender no decorrer do curso. É mais cansativo e muitas vezes frustrante, mas tem rendido bons resultados.
Para realizar esta aprendizagem foi necessário algum conhecimento prévio e algumas dicas para que ficasse dentro do que era exigido pela Interdisciplina e também para fazer apresentações que fossem agradáveis de ser vistas e não cansativas. Desde o tamanho da letra e do texto, até a cor de fundo do slide e a emoção que se quer despertar, como a utilização das imagens, como dimensioná-las e usá-las da melhor forma possível para complementar o trabalho e interagirem com o texto.
Além do fazer para aprender, é muito importante também para eu ler e compreender o que li e através desta compreensão criar minhas próprias conclusões e tecer meus próprios caminhos para processar o conteúdo lido.
Uma das coisas que faço sempre é antes de realizar qualquer trabalho é ler várias coisas sobre o assunto em questão e a partir destas leituras criar minhas próprias conclusões.
Penso que mais importante que ensinar milhares de conteúdos pouco relevantes para nossos alunos devemos também ensiná-los a aprender a encontrarem eles mesmos a melhor forma de aprender algo. Em todos os anos que estudei foram poucos os professores que me ensinaram a aprender, que deram dicas de como entender melhor os conteúdos que foram passados.
Percebo como é difícil fazer nossos alunos, mesmo pequenos de 9, 10 e 11 anos que são as faixas etárias com que trabalho, pensarem irem além daquilo que estamos passando. Muitas vezes consigo alguns resultados positivos, mas é difícil para eles pensar enquanto é tão mais fácil conseguir a resposta pronta com os pais o até mesmo na internet, mas continuo tentando, pois penso que só se aprende fazendo e participando do processo, é difícil, mas se fosse muito fácil não seria tão significativo.

segunda-feira, 30 de março de 2009

EDUCAÇÃO INCLUSIVA


Inclusão não pode significar adequação ou normatização, tendo em vista um encaixar de alunos numa maioria considerada "privilegiada", mas uma conduta que possibilitasse o "fazer parte", um conviver que respeitasse as diferenças e não tentasse anulá-las.A escola inclusiva deve ser aberta, eficiente, democrática, solidária e, com certeza, sua prática deve trazer vários benefícios.A escola inclusiva é aquela, que se organiza para atender alunos não apenas ditos "normais', mas também os portadores de deficiências, a começar por seu próprio espaço físico e acomodações. Salas de aula, bibliotecas, pátio, banheiros, corredores e outros ambientes são elaborados e adaptados em função de todos os alunos e não apenas daqueles ditos normais. Possui, por exemplo, cadeiras com braços de madeira tanto para destros quanto para canhotos, livros em braile ou gravados em fita cassete, corrimãos com apoio de madeira ou metal, rampas nos diferentes acessos de entrada e saída e assim por diante.Mas, o principal pré-requisito não reside nos recursos materiais, já difíceis de serem obtidos por todos os estabelecimentos de ensino. O principal suporte está centrado na filosofia da escola, na existência de uma equipe multidisciplinar eficiente e no preparo e na metodologia do corpo docente.E é aqui que começo a me questionar sobre o que é real e o que pode ser quase utópico, mediante a realidade de nosso sistema educacional.Se realizar a inclusão como forma de relacionamento e de diálogo em situações habituais já é um grande desafio, o que poderemos pensar sobre "ensinar inclusivamente"? É como se quiséssemos colher os frutos sem antes cuidar da terra, escolher cuidadosamente a semente, respeitando as estações e o tempo certo.Como acolher o aluno com necessidades especiais se não se consegue lidar saudavelmente com as diferenças inerentes à própria existência humana?A Inclusão Escolar depende antes de tudo de um reconhecimento humilde por parte da Escola e da Sociedade, da qual aquela faz parte, da necessidade de se educarem a si mesmas para lidar com a diferença, antes de criarem técnicas, estratégias ou métodos.Somos seres em relação e só crescemos em relação. Assim sendo, o equilíbrio para mim reside, antes de tudo, em permitir que o aluno portador de necessidades especiais possa interagir com os demais e vice-versa, e que ambos aprendam a lidar com as diferenças, não para anulá-las, mas para poder usá-las como fonte de contato verdadeiro e amadurecimento mútuo.

sexta-feira, 27 de março de 2009

O eu e o outro


Sou loira, de pele muito clara e sensível, ou seja, onde algum dia pegou sol em minha vida tenho uma sarda para comprovar que este lugar foi exposto ao sol. Tenho olhos verdes, herança de meu pai, com uma leve contribuição de minha mãe, pois meu pai tinha olhos verdes claros e minha mãe azuis. Desde que nasci tenho uma mancha em minha bochecha, que parece o território do Japão, esta mancha é herança da família da minha mãe, mais precisamente de minha avó. Só que estas têm e tinham em lugares mais discretos. Minha mãe sempre diz que assim é difícil me perder. Como se isso fosse possível, pois não sou exatamente uma pessoa que pode ser considerada pequena.
Pensar em como as pessoas me vêem é algo estranho, pois algumas coisas até já sei outras serão meros achismos. Penso que devo passar a imagem de uma pessoa simpática para alguns, segura e talvez um pouco inacessível para outros, tudo depende da primeira impressão. Muitos já me disseram que me consideravam esnobe, mas depois de me conhecerem melhor mudaram de idéia. Meus alunos todos me acham muito engraçada, o que é uma verdade, pois faz parte da minha postura em sala de aula, mas claro sem perder o controle, tudo muito bem dosado.
Fisicamente penso ter herdado mais características do meu pai e emocionalmente e psicologicamente da minha mãe, não tenho muita certeza.
Existem muitas outras pessoas que muitas vezes passam somente por um curto momento na nossa vida e deixam sua marca e acabam contribuindo também para nos tornarmos cada vez melhores. Eu acredito realmente que cada aluno que já passou por minha vida me ensinou alguma coisa, mesmo que pequena e que me ajudou na formação de meu caráter. Até aquele aluno que muitas vezes passou o ano inteiro incomodando, pode mostrar que é preciso ter paciência.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Argumentos

"Um argumento é a justificação de uma idéia, opinião, concepção, tese. Argumentar é dar razões para se pensar algo ou agir de um determinado modo. Quando argumentamos nós queremos convencer alguém de que nossas idéias ou nossa forma de agir são corretas, ou que as idéias e as formas de agir de outra pessoa são ou não corretas.
É preciso distinguir o argumento da mera explicação. Quando explico, apenas informo alguém de algo: um aluno chega atrasado em aula e diz para o professor que se atrasou porque teve que trocar o pneu do carro. O aluno está simplesmente explicando a causa do atraso. Contudo, no momento em que ele diz que, devido ao fato do atraso não ter sido causado por negligência mas por um imprevisto, o professor não deve puni-lo, então ele está argumentando.
Quando eu simplesmente informo alguém de algo, não estou querendo convencê-lo nem justificar uma idéia ou uma ação minha, não estou, portanto, argumentando. "
NO primeiro trabalho de filosofia e da educação nos deparamos com este conceito de argumento e juntamente com esta explicação uma atividade para identificar as estruturas de um argumento, o que é de extrema importância, pois existem várias maneiras de se dizer as coisas de modo mais explicito e correto.

Identificando Epistemologias


O autor abre o texto afirmando que existem três diferentes formas de representar a relação professor/aluno. Apresenta então os modelos pedagógicos e como tais modelos são sustentados por uma determinada epistemologia.
O primeiro modelo é o da pedagogia diretiva - O professor representante do meio social determina que o aluno seja tabula rasa frente a cada novo conteúdo. Epistemologicamente, essa relação pode ser representada pelo empirismo. Para os empiristas, a construção do conhecimento é o resultado positivo das experiências concretas do homem com o mundo sensível, através da percepção. Nesse sentido, o homem nasce com a capacidade mental extremamente reduzida e apenas o contato direto com o exterior possibilita a assimilação e criação de conhecimentos.
O outro modelo proposto é o da pedagogia não-diretiva; o aluno, pelas suas condições prévias, determina a ação do professor. Esse modelo é reproduzido pelo apriorismo, que acredita que o homem já nasce com sua estrutura cognitivo-biológica formada, ou seja, ela é inata ao ser humano, pois, ao nascer, o homem já traz consigo a estrutura cognitiva necessária a construção de conhecimentos.
E por fim, o modelo relacional que na epistemologia é defendida pelo construtivismo, que afirma que o sujeito não é passivo nem pré-formado, mas que interage com o meio e nesta interação constrói o conhecimento.
Lendo o texto foi possível identificar alguns modelos de professores que passaram pela minha vida acadêmica e que deixaram marcas, cada um a sua maneira. Algumas boas e outras más.

Ano de 2008


O ano de 2008 foi bastante trabalhos, pois entrou na reta final de nosso curso. Foi o ano que nos deparamos com os assuntos mais áridos da profissão que escolhemos seguir.Este ano de 2009, prevejo que será um ano igualmente trabalhoso, pois será o ultimo ano que teremos aula, pois o próximo ano estaremos chegando ao final desta camnhada que se iniciou em 2006.
Segundo FREIRE (1996: 96), “o bom professor é o que consegue, enquanto fala, trazer o aluno até a intimidade do movimento do seu pensamento. Sua aula é assim um desafio e não uma cantiga de ninar. Seus alunos cansam, não dormem. Cansam porque acompanham as idas e vindas de seu pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas, suas incertezas”. Penso que este pensamento resuma um pouco o que cada um de nós busca com uma especialização na sua profissão.

domingo, 7 de dezembro de 2008

FASES EVOLUTIVAS

ASPÉCTOS
Identidade x confusão de papéis
Intimidade x isolamento
Generatividade x absorção em si mesmo
Integridade do Ego x desespero
PSICOLÓGICOS
Conquista da identidade
Competitividade/medos
Sentimento de responsabilidade em guiar a nova geração
Medo da morte
BIOLÓGICOS
Importantes transformações
Transformações estáveis
Período mais longo da vida
Começa as doenças e a preocupação em se cuidar
INTELECTUAIS
Amadurecimento
Preocupa-se em aprender para se qualificar
Capacidade de criatividade ou estagnação
Balanço da vida e aceitação
RELACIONAIS
Identidade grupal
Consegue estabelecer vínculos mais sólidos e não grupais
Preocupação com o bem estar das futuras geraçãoes
Curto espaço de tempo para recomeçar
FAMILIARES
Muita briga e discordância
Sentimento de amor e apego
Cuidado com os filhos
Sabedoria
AMOROSOS
Projeção da própria imagem na outra pessoa
Relaciona-se com alguém ou isola-se
Relacionamento estável e consolidado
Maduro
PROFISSIONAIS
Ainda não tem uma profissão
Geralmente, já tem uma profissão
Realização
Estão se aposentando ou aposentados
FINANCEIROS
Dependente dos pais
Independência financeira
Independência
Ainda se mantêm sozinho