Os habitantes das Américas foram chamados de índios pelos europeus que aqui chegaram. Uma denominação genérica, provocada pela primeira impressão que eles tiveram de haverem chegado às Índias. Mesmo depois de descobrir que não estavam na Ásia, e sim em um continente até então desconhecido, os europeus continuaram a chamá-los assim, ignorando as diferenças culturais. Era mais fácil tornar os nativos todos iguais, tratá-los de forma homogênea, já que o objetivo era um só: o domínio político, econômico e religioso.
Até 1970 os índios não aceitavam esta denominação, considerando-a ofensiva, pois não se enxergavam como iguais e sim como povos diferentes cada qual com sua própria cultura e língua. De pejorativo, o termo índio, passou a ser uma marca identitária capaz de unir povos historicamente distintos e rivais na luta por direitos e interesses comuns. É neste sentido que hoje todos os índios se tratam como parentes. O termo parente não significa que todos os índios sejam iguais e nem semelhantes. Significa apenas que compartilham de alguns interesses comuns, como os direitos coletivos, a história de colonização e a luta pela autonomia sociocultural de seus povos diante da sociedade global.
A partir de então os indígenas perceberam que deveriam se unir em um único povo, sem perder sua identidade para poderem reivindicar seus direitos, pois de donos da terra, passaram a ser tratados como hospedes, perdendo praticamente seu direito de posse da terra para ter que viver em áreas demarcadas pelo governo.
Antes desta união por parte dos indígenas, muitos renegavam suas origens étnicas denominando-se caboclos, pois não queriam se declarar índios e não podiam dizer serem brancos, já que ninguém consegue esconder os traços físicos de sua herança étnica.
“O reconhecimento da cidadania indígena brasileira e, conseqüentemente, a valorização das culturas indígenas possibilitaram uma nova consciência étnica dos povos indígenas do Brasil. Ser índio transformou-se em sinônimo de orgulho identitário. Ser índio passou de uma generalidade social para uma expressão sociocultural importante do país. Ser índio não está mais associado a um estágio de vida, mas à qualidade, à riqueza e à espiritualidade de vida. Ser tratado como sujeito de direito na sociedade é um marco na história indígena brasileira, propulsor de muitas conquistas políticas, culturais, econômicas e sociais.” (extraído do Livro “O Índio Brasileiro: o que você precisa saber sobre os povos indígenas no Brasil de hoje” – Brasília, 2006. Gersen dos Santos Luciano – Baniwa)
O que se vê agora são indígenas retomando suas tradições e seu modo de vida, tentando resgatar sua identidade cultural a muito perdida e renegada em função do preconceito que existia com sua raça. A transmissão da cultura, das histórias, dos costumes, dos rituais dos mais velhos para as novas gerações vão garantir que esta cultura não morra e que possa ser valorizada pelas novas gerações.
E principalmente a valorização de todos pela cultura indígena e pela contribuição para nossa cultura, que os índios possam ser vistos como seres humanos, como cidadãos brasileiros, com os mesmos direitos e deveres que todos os cidadãos, sejam brancos, negros, asiáticos.
Que o índio possa ser visto como um cidadão capaz de trabalhar e estudar e atuar em qual quer área que se disponha a atuar. Sem que as pessoas tenham os pré conceitos que os índios são preguiçosos e selvagens ou a visão romanceada que são protetores das matas e animais.
“A interculturalidade é uma prática de vida que pressupõe a possibilidade de convivência e coexistência entre culturas e identidades. Sua base é o diálogo entre diferentes, que se faz presente por meio de diversas linguagens e expressões culturais, visando à superação da intolerância e da violência entre indivíduos e grupos sociais culturalmente distintos.” (Gersen dos Santos Luciano – Baniwa)
A partir de então os indígenas perceberam que deveriam se unir em um único povo, sem perder sua identidade para poderem reivindicar seus direitos, pois de donos da terra, passaram a ser tratados como hospedes, perdendo praticamente seu direito de posse da terra para ter que viver em áreas demarcadas pelo governo.
Antes desta união por parte dos indígenas, muitos renegavam suas origens étnicas denominando-se caboclos, pois não queriam se declarar índios e não podiam dizer serem brancos, já que ninguém consegue esconder os traços físicos de sua herança étnica.
“O reconhecimento da cidadania indígena brasileira e, conseqüentemente, a valorização das culturas indígenas possibilitaram uma nova consciência étnica dos povos indígenas do Brasil. Ser índio transformou-se em sinônimo de orgulho identitário. Ser índio passou de uma generalidade social para uma expressão sociocultural importante do país. Ser índio não está mais associado a um estágio de vida, mas à qualidade, à riqueza e à espiritualidade de vida. Ser tratado como sujeito de direito na sociedade é um marco na história indígena brasileira, propulsor de muitas conquistas políticas, culturais, econômicas e sociais.” (extraído do Livro “O Índio Brasileiro: o que você precisa saber sobre os povos indígenas no Brasil de hoje” – Brasília, 2006. Gersen dos Santos Luciano – Baniwa)
O que se vê agora são indígenas retomando suas tradições e seu modo de vida, tentando resgatar sua identidade cultural a muito perdida e renegada em função do preconceito que existia com sua raça. A transmissão da cultura, das histórias, dos costumes, dos rituais dos mais velhos para as novas gerações vão garantir que esta cultura não morra e que possa ser valorizada pelas novas gerações.
E principalmente a valorização de todos pela cultura indígena e pela contribuição para nossa cultura, que os índios possam ser vistos como seres humanos, como cidadãos brasileiros, com os mesmos direitos e deveres que todos os cidadãos, sejam brancos, negros, asiáticos.
Que o índio possa ser visto como um cidadão capaz de trabalhar e estudar e atuar em qual quer área que se disponha a atuar. Sem que as pessoas tenham os pré conceitos que os índios são preguiçosos e selvagens ou a visão romanceada que são protetores das matas e animais.
“A interculturalidade é uma prática de vida que pressupõe a possibilidade de convivência e coexistência entre culturas e identidades. Sua base é o diálogo entre diferentes, que se faz presente por meio de diversas linguagens e expressões culturais, visando à superação da intolerância e da violência entre indivíduos e grupos sociais culturalmente distintos.” (Gersen dos Santos Luciano – Baniwa)
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