Para o trabalho de questões etnico-raciais na educação procurei entrevistar três meninos, pois como tenho mais convivência com eles me senti mais a vontade para fazer as perguntas a eles do que para alunos maiores como era a minha ideia a princípio.
As perguntas foram às mesmas para os três meninos:
Qual sua etnia?
Os alunos negros responderam que ambos são negros. O menino que se declarou pardo disse ser de origem alemã e negra.
Como você se sente como aluno negro nessa escola?
Todos disseram que sim, pois constantemente recebem apelidos dos próprios colegas que fazem referência a sua cor. Alguns por sinal bem pejorativo, como já tive oportunidade de escutar
O aluno pardo, disse que os colegas o apelidaram de “negão”, já faz muito tempo, mas que ele não é negro, e sim pardo. Este aluno também é obeso e também falou da discriminação que sofre dos colegas por ser gordo e dos apelidos que recebe constantemente dos colegas.
Tenho feito um trabalho desde o início do ano com esta turma em virtude deste mau hábito que eles têm de colocar apelidos nos colegas. Está sendo um trabalho árduo, pois percebo que este hábito é algo que vem da própria casa. Nesta idade os alunos conseguem ser bem cruéis naquilo que falam e muitas vezes não tem a dimensão do quanto conseguem magoar um colega com o que dizem. Sempre procuro passar para eles que uma palavra muitas vezes pode machucar mais que um tapa. Que muitas vezes posso falar algo que magoe meu colega e em seguida pedir desculpas, mas as marcas daquilo que falei já ficaram marcadas na mente do colega e ele não vai esquecer com um simples pedido de desculpas.
Analisando as respostas dos três meninos, todos de alguma forma se sentem inferiozados e discriminados, e isto se reflete no seu desempenho escolar, tanto que um destes meninos que se declarou negro já está três anos na 4ª série e está totalmente desestimulado para estudar.
Quando li o texto de Marilene Leal Pare percebi que o que acontece com estes meninos tem a ver com a realidade da maioria dos negros, pois o negro na maioria das escolas tem baixa auto-estima por ser discriminado e que o índice de evasão entre eles é bastante grande. Fala, ainda, que em muitas escolas a questão não é tratada e permanece o silêncio. Na nossa escola estamos tratando isso da melhor forma possível, falando com toda a turma, tentando conscientizá-los que o que importa não é a aparência exterior, mas sim a honestidade e a vontade de fazer o certo que as pessoas têm, é o que realmente vale.
Não é possível permitir que isso ainda aconteça, pois os direitos são iguais a todos e principalmente, porque somos seres humanos, ou seja, temos a capacidade de pensar e discernir o certo do errado. A aprendizagem do aluno afro descendente não pode ficar prejudicada, pois Educação não tem cor.
As perguntas foram às mesmas para os três meninos:
Qual sua etnia?
Os alunos negros responderam que ambos são negros. O menino que se declarou pardo disse ser de origem alemã e negra.
Como você se sente como aluno negro nessa escola?
Todos disseram que sim, pois constantemente recebem apelidos dos próprios colegas que fazem referência a sua cor. Alguns por sinal bem pejorativo, como já tive oportunidade de escutar
O aluno pardo, disse que os colegas o apelidaram de “negão”, já faz muito tempo, mas que ele não é negro, e sim pardo. Este aluno também é obeso e também falou da discriminação que sofre dos colegas por ser gordo e dos apelidos que recebe constantemente dos colegas.
Tenho feito um trabalho desde o início do ano com esta turma em virtude deste mau hábito que eles têm de colocar apelidos nos colegas. Está sendo um trabalho árduo, pois percebo que este hábito é algo que vem da própria casa. Nesta idade os alunos conseguem ser bem cruéis naquilo que falam e muitas vezes não tem a dimensão do quanto conseguem magoar um colega com o que dizem. Sempre procuro passar para eles que uma palavra muitas vezes pode machucar mais que um tapa. Que muitas vezes posso falar algo que magoe meu colega e em seguida pedir desculpas, mas as marcas daquilo que falei já ficaram marcadas na mente do colega e ele não vai esquecer com um simples pedido de desculpas.
Analisando as respostas dos três meninos, todos de alguma forma se sentem inferiozados e discriminados, e isto se reflete no seu desempenho escolar, tanto que um destes meninos que se declarou negro já está três anos na 4ª série e está totalmente desestimulado para estudar.
Quando li o texto de Marilene Leal Pare percebi que o que acontece com estes meninos tem a ver com a realidade da maioria dos negros, pois o negro na maioria das escolas tem baixa auto-estima por ser discriminado e que o índice de evasão entre eles é bastante grande. Fala, ainda, que em muitas escolas a questão não é tratada e permanece o silêncio. Na nossa escola estamos tratando isso da melhor forma possível, falando com toda a turma, tentando conscientizá-los que o que importa não é a aparência exterior, mas sim a honestidade e a vontade de fazer o certo que as pessoas têm, é o que realmente vale.
Não é possível permitir que isso ainda aconteça, pois os direitos são iguais a todos e principalmente, porque somos seres humanos, ou seja, temos a capacidade de pensar e discernir o certo do errado. A aprendizagem do aluno afro descendente não pode ficar prejudicada, pois Educação não tem cor.
Um comentário:
Um ótimas postagem Grace.
Consegues relacionar a reflexão proposta pela interdisciplina com sua prática na sala de aula.
Beijos
Melissa
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