Que dificuldade foi iniciar o TCC, pois foram muitas as situações e os momentos vividos no estágio que mereciam uma analise mais aprofundada. E depois de decidida a abordagem, refinar a questão até chegar a algo mais específico que realmente retratasse o momento vívido no estágio e ainda proporcionasse uma suporte teórico para o fato abordado.
Meu TCC foram as Mídias e Tecnologias como recursos didáticos em sala de aula, pois foi um dos grandes diferenciais do estágio, que procurei inserir da melhor forma possível de forma consciente e como complemento das atividades realizadas em sala de aula.
Busquei fundamentar teoricamente meus atos e trabalhos em sala de aula, buscando principalmente no autor José Manuel Moran a teoria que precisava e que principalmente cabia exatamente no que queria apresentar e principalmente pensava.
Depois que comecei a trabalhar no TCC as ideias foram surgindo e acabou se tornando fácil escrever, pois na verdade nada mais é do que um relato do estágio de uma forma mais específica com um comprometimento com a teoria envolvida nos atos feitos por nós durante o estágio.
Neste momento foi imprescindível o apoio da orientadora e tutora que já conheciam nosso trabalho feito no estágio e conseguiram orientar da melhor forma possível, dando as orientações necessárias, muitas vezes o suporte teórico necessário e os puxões de orelha, quando as coisas não andavam ou perdiam o rumo.
Agora a próxima tarefa é defendê-lo e apresentá-lo da melhor forma possível e principalmente manter a serenidade para poder colocar da forma mais clara possível a experiência vivida durante o estágio e também mostrar toda a teoria que envolve os nossos atos.
Blog que visa mostrar as aprendizagens e as reflexões feitas durante o processo de aprendizagem do curso de Pedagogia a Distância da UFRGS.
domingo, 14 de novembro de 2010
Semestre oito - ESTÀGIO
Deveria que se imaginar que pelo fato de já trabalhar vários anos na mesma escola e principalmente ter tido os mesmos alunos desde o início, seria tranquilo realizar o estágio, mas não foi. O simples conhecimento de estar sendo avaliada pelo nosso trabalho fez com que no início sofresse um bloqueio criativo, aonde as coisa mais simples pareciam fugir. Depois de um tempo acabei me tranquilizando de modo que as coisa começaram a fluir normalmente.
A parte mais difícil e trabalhosa do estágio, não foi o dar aulas, pois este é o meu trabalho, mas sim dar conta das inúmeras etapas escritas que tínhamos que postar. A grande dificuldade para mim foi refletir semanalmente sobre os fatos que aconteceram na semana, pois simplesmente não tinha o hábito de fazer este tipo de reflexão, mas depois de um puxão de orelhas da professora Ana, acabei colocando minhas ideias no lugar e fazendo um trabalho decente.
Aliás, durante o período do estágio acabei fazendo muitas comparações deste momento com o estágio feito no curso de Magistério, que já foi diferente pela inexperiência, mas principalmente pela relação da orientadora, pois no Magistério estas se colocavam como detentoras únicas do saber e da verdade e neste estágio houve um coleguismo e um respeito pelo nosso trabalho, que fez com que eu me tranquilizasse e principalmente me esforçasse cada vez mais para realizar um trabalho cada vez melhor.
Esta proximidade foi algo interessante, pois no início do curso ficava imaginando como seria o estágio e de que forma poderiam nos observar e nos auxiliar estando as orientadoras tão longe, mas esta distância se revelou pequena, pois ambas, tanto a professora Ana quanto a tutora Cátia se colocaram a disposição por telefone, email, MSN, que ficou difícil ficar com alguma dúvida ou algum problema sem solução.
Penso que este momento foi muito bom, pois tive a chance de realizar um bom trabalho e refletir sobre ele para desta forma poder corrigir o que não foi tão bom e assim encontrar soluções para que este trabalho fosse melhorado e alcançasse melhores resultados.
A parte mais difícil e trabalhosa do estágio, não foi o dar aulas, pois este é o meu trabalho, mas sim dar conta das inúmeras etapas escritas que tínhamos que postar. A grande dificuldade para mim foi refletir semanalmente sobre os fatos que aconteceram na semana, pois simplesmente não tinha o hábito de fazer este tipo de reflexão, mas depois de um puxão de orelhas da professora Ana, acabei colocando minhas ideias no lugar e fazendo um trabalho decente.
Aliás, durante o período do estágio acabei fazendo muitas comparações deste momento com o estágio feito no curso de Magistério, que já foi diferente pela inexperiência, mas principalmente pela relação da orientadora, pois no Magistério estas se colocavam como detentoras únicas do saber e da verdade e neste estágio houve um coleguismo e um respeito pelo nosso trabalho, que fez com que eu me tranquilizasse e principalmente me esforçasse cada vez mais para realizar um trabalho cada vez melhor.
Esta proximidade foi algo interessante, pois no início do curso ficava imaginando como seria o estágio e de que forma poderiam nos observar e nos auxiliar estando as orientadoras tão longe, mas esta distância se revelou pequena, pois ambas, tanto a professora Ana quanto a tutora Cátia se colocaram a disposição por telefone, email, MSN, que ficou difícil ficar com alguma dúvida ou algum problema sem solução.
Penso que este momento foi muito bom, pois tive a chance de realizar um bom trabalho e refletir sobre ele para desta forma poder corrigir o que não foi tão bom e assim encontrar soluções para que este trabalho fosse melhorado e alcançasse melhores resultados.
sábado, 13 de novembro de 2010
Semestre 7
A escola assume um caráter reducionista a partir do momento que reduz todo seu trabalho ao ato de avaliar tendo em mente o simples objetivo de classificar seus alunos, reduzindo todo seu aprendizado a meras perguntas que levam muitas vezes a memorização pura e simples de alguns conceitos que o professor acha importante que o aluno saiba. Acaba tendo este caráter reducionista quando centra todas as avaliações somente para o final de um trimestre, onde daí pode ser tarde demais para recuperar a aprendizagem dos alunos, que muitas vezes passaram dois meses estudando um determinado assunto sem o professor ter uma dimensão da aprendizagem dos seus alunos.
Segundo Silva (1996, p.20), uma "inversão entre as funções da avaliação: o registro burocrático sobrepondo-se à natureza pedagógica de acompanhamento dirigindo mesmo toda organização do trabalho escolar."
No modelo de avaliação de caráter classificatório a avaliação assume um caminho de apenas uma via, onde o único avaliado do processo aprendizagem é o aluno, e não o professor. A avaliação passa a ser mais um instrumento burocrático exigido pela instituição com o objetivo de dar uma nota e classificar este aluno. Acaba não avaliando o que o aluno aprendeu, mas sim aquilo que ele ainda não sabe ou não memorizou.
Para Cunha (1995, p.44), "aquilo que a pessoa diz ou faz está moldado consciente ou inconscientemente pela situação social. São as experiências e as condições de vida que fornecem a formação dos conceitos e do desempenho do indivíduo". Toda atividade do professor é um reflexo daquilo que ele vivenciou. Para a autora, "o fato de o professor ter tido uma educação autoritária e punitiva pode fazê-lo tentar repelir esta forma no seu cotidiano docente, mas pode também levá-lo a repetir esta prática". (p.36)
Muitas vezes o professor acaba reproduzindo o vivenciou como estudante com seus próprios alunos, onde o mais importante era tirar a melhor nota e não aprender. Muitas vezes vejo colegas meus na sala de professores falando de seus alunos, do ensino médio e séries finais, de um jeito desrespeitoso e já dando como reprovados alunos que sequer iniciaram o terceiro trimestre, falando muitas vezes de sua falta de interesse e desmotivação. Isso me deixa muitas vezes chateada, pois são alunos que foram meus, quando pequenos e que não eram assim, tinham lá suas dificuldades, mas conseguiam superá-las, pois acabavam se esforçando. Acredito que nunca passou pela cabeça deles que esta falta de interesse e motivação possa estar ligada com o desinteresse que existe por parte deles em tentar compreender melhor o processo de aprendizagem deles e avaliar aquilo que eles realmente sabem e não aquilo que eles precisam saber.
Nesta postagem feita no semestre 7, chegando o final do ano, que é o momento em que temos que sentar e analisar o desempenho de nossos alunos e aprová-los ou não. Esta época é bem difícil, pois sempre somos pressionadas pelas professoras das séries seguintes a não deixar os alunos fracos irem adiante. Acabo ficando em um dilema, pois fico sempre na dúvida em aprovar ou não determinados alunos. Parto do princípio que se houve evolução o aluno tem condições de seguir adiante. Existem alguns colegas professores que esperam receber os alunos prontos, para começarem o seu conteúdo sem se preocuparem com a evolução do aluno que pode não estar pronto, mas que apresenta melhoras no seu desempenho se comparado ao início do ano.
A avaliação muitas vezes é feita por uma exigência da escola que precisa de documentos para comprovar o desenvolvimento do aluno, mas o professor precisa além disso ter um real conhecimento do seu aluno e ver se houve um crescimento para não reduzir um ano todo em provas e testes que acabam avaliando aquilo que o professor quer saber e não o que o aluno realmente sabe.
Segundo Silva (1996, p.20), uma "inversão entre as funções da avaliação: o registro burocrático sobrepondo-se à natureza pedagógica de acompanhamento dirigindo mesmo toda organização do trabalho escolar."
No modelo de avaliação de caráter classificatório a avaliação assume um caminho de apenas uma via, onde o único avaliado do processo aprendizagem é o aluno, e não o professor. A avaliação passa a ser mais um instrumento burocrático exigido pela instituição com o objetivo de dar uma nota e classificar este aluno. Acaba não avaliando o que o aluno aprendeu, mas sim aquilo que ele ainda não sabe ou não memorizou.
Para Cunha (1995, p.44), "aquilo que a pessoa diz ou faz está moldado consciente ou inconscientemente pela situação social. São as experiências e as condições de vida que fornecem a formação dos conceitos e do desempenho do indivíduo". Toda atividade do professor é um reflexo daquilo que ele vivenciou. Para a autora, "o fato de o professor ter tido uma educação autoritária e punitiva pode fazê-lo tentar repelir esta forma no seu cotidiano docente, mas pode também levá-lo a repetir esta prática". (p.36)
Muitas vezes o professor acaba reproduzindo o vivenciou como estudante com seus próprios alunos, onde o mais importante era tirar a melhor nota e não aprender. Muitas vezes vejo colegas meus na sala de professores falando de seus alunos, do ensino médio e séries finais, de um jeito desrespeitoso e já dando como reprovados alunos que sequer iniciaram o terceiro trimestre, falando muitas vezes de sua falta de interesse e desmotivação. Isso me deixa muitas vezes chateada, pois são alunos que foram meus, quando pequenos e que não eram assim, tinham lá suas dificuldades, mas conseguiam superá-las, pois acabavam se esforçando. Acredito que nunca passou pela cabeça deles que esta falta de interesse e motivação possa estar ligada com o desinteresse que existe por parte deles em tentar compreender melhor o processo de aprendizagem deles e avaliar aquilo que eles realmente sabem e não aquilo que eles precisam saber.
Nesta postagem feita no semestre 7, chegando o final do ano, que é o momento em que temos que sentar e analisar o desempenho de nossos alunos e aprová-los ou não. Esta época é bem difícil, pois sempre somos pressionadas pelas professoras das séries seguintes a não deixar os alunos fracos irem adiante. Acabo ficando em um dilema, pois fico sempre na dúvida em aprovar ou não determinados alunos. Parto do princípio que se houve evolução o aluno tem condições de seguir adiante. Existem alguns colegas professores que esperam receber os alunos prontos, para começarem o seu conteúdo sem se preocuparem com a evolução do aluno que pode não estar pronto, mas que apresenta melhoras no seu desempenho se comparado ao início do ano.
A avaliação muitas vezes é feita por uma exigência da escola que precisa de documentos para comprovar o desenvolvimento do aluno, mas o professor precisa além disso ter um real conhecimento do seu aluno e ver se houve um crescimento para não reduzir um ano todo em provas e testes que acabam avaliando aquilo que o professor quer saber e não o que o aluno realmente sabe.
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