domingo, 13 de setembro de 2009

Relação entre fala e escrita



Apesar de haver relações entre fala e escrita, o ato de escrever é muito diferente do ato de falar. E a grande diferença está principalmente no fato de o interlocutor estar presente na hora da fala e ausente no momento em que escrevemos.
Quando falamos, qualquer problema na interpretação ou compreensão pode ser imediatamente solucionado através de uma interrupção de quem nos ouve; além do que, quando conversamos ou somos ouvidos, outros fatores ajudam a sermos compreendidos, como por exemplo: gestos, expressões faciais, tons de voz que completam, modificam e reforçam o que dizemos.
No momento de escrever, estes fatores que nos ajudam a ser compreendidos na fala nos faltam e muitas vezes não sabemos se através do que escrevemos seremos compreendidos e nossas intenções serão alcançadas.
Muitas vezes ao corrigir as redações de meus alunos me deparo com algumas expressões típicas de histórias em quadrinhos, onomatopéias, pois eles sentem a necessidade de incluir para ilustrar um acontecimento que com certeza se fosse falado seria acompanhado deste barulho, de alguns gestos e de muitas caras e bocas. Nestes momentos explico que existe uma diferença entre escrever e falar e que na escrita existem algumas regras que devem ser respeitadas, mas que é possível sim colocar diálogos nos textos, mas que devem ser respeitadas as regras da escrita. Outra coisa que muitas vezes acabam aparecendo são as abreviações de palavras muito usadas no MSN.
Devemos proporcionar aos alunos diversos tipos de leituras e textos para que eles possam entrar em contato com estes vários tipos de leituras, valorizar a oralidade dos alunos e ir introduzindo aos poucos a regras da linguagem escrita no cotidiano escolar deles sem desvalorizar aquilo que eles forem produzindo. Acredito que desta forma aos poucos é possível fazer com que o aluno compreenda a diferença que existe entre a fala e a escrita se desestimular nenhuma das duas.

Contribuição de Comênio



Comênio acreditava que para uma criança aprender o ensino deveria ser prazeroso e que era mais fácil aprender utilizando os sentidos na aprendizagem das coisas, portanto, acredito que este material era utilizado para que as crianças da época tivessem como visualizar as palavras ou ações daquilo que estavam aprendendo a ler e com isso tendo mais facilidade de memorizar e principalmente conhecendo um pouco do mundo através destas gravuras. É bem parecido com aquilo que fazemos hoje em dia, só que com mais recursos tecnológicos, pois muitas vezes o aluno consegue entender muito mais quando está visualizando aquilo que está sendo explicado, então além de usar sua audição para ouvir as explicações dadas ele também conta com a visão para ajudar nesta compreensão.

Sempre quando se inicia um ano letivo uma das coisas que se faz é sondar o aluno, ver o que ele já sabe, conhecer um pouco da sua vida para que a partir daí seja possível ver qual o método de ensino mais eficaz para aquela turma ou aluno.

Assim como Comênio também acredito que um bom relacionamento entre professor e aluno é primordial para que o aluno consiga desenvolver uma boa aprendizagem, pois assim mesmo não entendendo algo ele terá a abertura para perguntar e esclarecer as suas dúvidas.
Comênio pregava o ensino igual para todos, homens e mulheres e grupos sociais diferentes. Acredito que em sala de aula não se faça distinção nenhuma quanto a isso, mas sabemos que muitos grupos sociais não têm acesso à escola, principalmente por fatores econômicos.
Comênio pregava o realismo no ensino, ou seja, a partir dos sentidos, através de uma interação do aluno com os objetos estudados. Na maioria das vezes é o que procuro fazer, seja através de experiências, passeios, filmes, computador e etc., pois além de entender melhor o aluno também está vivenciando aquilo que está estudando e entrando em contado com algo diferente do que somente escrever, ler e copiar.
Muitas das idéias de Comênio, apesar de terem sido feitas e pensadas há muitos anos, são muito usadas e difundidas nas escolas de hoje em dia.

O menininho



Este aluno precisa ter sua autoconfiança resgatada, pois ele precisa redescobrir o seu jeito e a sua identidade, do tempo em que considerava os seus trabalhos mais bonitos que os da própria professora.
As crianças criativas precisam, antes de tudo, ter o valor dos seus talentos reconhecidos, dando-lhes condições para lidar com as provações e fracassos que surgirão naturalmente ao longo da vida. Se tiverem encorajamento e permissão para explorar, experimentar e testar suas idéias através de projetos de sua própria iniciativa, assumindo responsabilidades, encontrará provações e fracassos, podendo enfrentá-los sem dificuldade.
Para resgatar a criatividade demonstrada pelo menininho é preciso desenvolver as potencialidades dele, utilizando os recursos que favorecem não só a aquisição de conhecimento, mas, sobretudo, a expansão e a afirmação da personalidade dele, podendo ser desenvolvida a capacidade criadora e canalizar para outras atividades, não somente de Artes, mas na produção de textos, nas brincadeiras e na sua expressão oral.

Procuro sempre valorizar a iniciativa e estimulo a autonomia dos alunos para principalmente cuidarem se suas coisas, como material, cadernos e da sua própria rotina escolar (irem ao banheiro para lavarem as mãos, comprarem o seu lanche, trazerem os trabalhos nas datas marcadas, o respeito às regras estabelecidas, etc.).
Normalmente as atividades que dou, muitas vezes são dadas com um tema e, então deixo que desenvolvam conforme suas habilidades e seu gosto pessoal.
Trabalho com produções textuais, desenhos, música, dramatizações, produções artísticas diversas, onde os alunos possam mostrar a sua criatividade sem minha interferência.
Uma das coisas que falo muito e cobro bastante de meus alunos é que eles pensem, analisem que possam ir além daquilo que está escrito e das coisas que vêem e ouvem em um filme ou na própria televisão. Quero que eles possam se posicionar diante de um assunto, dar sua opinião. Mesmo sendo alunos de 3 e 4ª série, procuro sempre trabalhar esta questão da analise e da opinião pessoal.
Penso que se conseguir isso dos meus alunos eu ficarei muito feliz, pois dessa forma eles poderão agir com mais autonomia e principalmente desenvolver sua criatividade.
Não sei se isso é uma marca pedagógica, mas é algo que busco e batalho com todas as turmas pelas quais eu passo, muitas vezes conseguindo bons resultados, outras tantas ficando frustrada, mas sempre tentando.