segunda-feira, 30 de março de 2009

EDUCAÇÃO INCLUSIVA


Inclusão não pode significar adequação ou normatização, tendo em vista um encaixar de alunos numa maioria considerada "privilegiada", mas uma conduta que possibilitasse o "fazer parte", um conviver que respeitasse as diferenças e não tentasse anulá-las.A escola inclusiva deve ser aberta, eficiente, democrática, solidária e, com certeza, sua prática deve trazer vários benefícios.A escola inclusiva é aquela, que se organiza para atender alunos não apenas ditos "normais', mas também os portadores de deficiências, a começar por seu próprio espaço físico e acomodações. Salas de aula, bibliotecas, pátio, banheiros, corredores e outros ambientes são elaborados e adaptados em função de todos os alunos e não apenas daqueles ditos normais. Possui, por exemplo, cadeiras com braços de madeira tanto para destros quanto para canhotos, livros em braile ou gravados em fita cassete, corrimãos com apoio de madeira ou metal, rampas nos diferentes acessos de entrada e saída e assim por diante.Mas, o principal pré-requisito não reside nos recursos materiais, já difíceis de serem obtidos por todos os estabelecimentos de ensino. O principal suporte está centrado na filosofia da escola, na existência de uma equipe multidisciplinar eficiente e no preparo e na metodologia do corpo docente.E é aqui que começo a me questionar sobre o que é real e o que pode ser quase utópico, mediante a realidade de nosso sistema educacional.Se realizar a inclusão como forma de relacionamento e de diálogo em situações habituais já é um grande desafio, o que poderemos pensar sobre "ensinar inclusivamente"? É como se quiséssemos colher os frutos sem antes cuidar da terra, escolher cuidadosamente a semente, respeitando as estações e o tempo certo.Como acolher o aluno com necessidades especiais se não se consegue lidar saudavelmente com as diferenças inerentes à própria existência humana?A Inclusão Escolar depende antes de tudo de um reconhecimento humilde por parte da Escola e da Sociedade, da qual aquela faz parte, da necessidade de se educarem a si mesmas para lidar com a diferença, antes de criarem técnicas, estratégias ou métodos.Somos seres em relação e só crescemos em relação. Assim sendo, o equilíbrio para mim reside, antes de tudo, em permitir que o aluno portador de necessidades especiais possa interagir com os demais e vice-versa, e que ambos aprendam a lidar com as diferenças, não para anulá-las, mas para poder usá-las como fonte de contato verdadeiro e amadurecimento mútuo.

sexta-feira, 27 de março de 2009

O eu e o outro


Sou loira, de pele muito clara e sensível, ou seja, onde algum dia pegou sol em minha vida tenho uma sarda para comprovar que este lugar foi exposto ao sol. Tenho olhos verdes, herança de meu pai, com uma leve contribuição de minha mãe, pois meu pai tinha olhos verdes claros e minha mãe azuis. Desde que nasci tenho uma mancha em minha bochecha, que parece o território do Japão, esta mancha é herança da família da minha mãe, mais precisamente de minha avó. Só que estas têm e tinham em lugares mais discretos. Minha mãe sempre diz que assim é difícil me perder. Como se isso fosse possível, pois não sou exatamente uma pessoa que pode ser considerada pequena.
Pensar em como as pessoas me vêem é algo estranho, pois algumas coisas até já sei outras serão meros achismos. Penso que devo passar a imagem de uma pessoa simpática para alguns, segura e talvez um pouco inacessível para outros, tudo depende da primeira impressão. Muitos já me disseram que me consideravam esnobe, mas depois de me conhecerem melhor mudaram de idéia. Meus alunos todos me acham muito engraçada, o que é uma verdade, pois faz parte da minha postura em sala de aula, mas claro sem perder o controle, tudo muito bem dosado.
Fisicamente penso ter herdado mais características do meu pai e emocionalmente e psicologicamente da minha mãe, não tenho muita certeza.
Existem muitas outras pessoas que muitas vezes passam somente por um curto momento na nossa vida e deixam sua marca e acabam contribuindo também para nos tornarmos cada vez melhores. Eu acredito realmente que cada aluno que já passou por minha vida me ensinou alguma coisa, mesmo que pequena e que me ajudou na formação de meu caráter. Até aquele aluno que muitas vezes passou o ano inteiro incomodando, pode mostrar que é preciso ter paciência.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Argumentos

"Um argumento é a justificação de uma idéia, opinião, concepção, tese. Argumentar é dar razões para se pensar algo ou agir de um determinado modo. Quando argumentamos nós queremos convencer alguém de que nossas idéias ou nossa forma de agir são corretas, ou que as idéias e as formas de agir de outra pessoa são ou não corretas.
É preciso distinguir o argumento da mera explicação. Quando explico, apenas informo alguém de algo: um aluno chega atrasado em aula e diz para o professor que se atrasou porque teve que trocar o pneu do carro. O aluno está simplesmente explicando a causa do atraso. Contudo, no momento em que ele diz que, devido ao fato do atraso não ter sido causado por negligência mas por um imprevisto, o professor não deve puni-lo, então ele está argumentando.
Quando eu simplesmente informo alguém de algo, não estou querendo convencê-lo nem justificar uma idéia ou uma ação minha, não estou, portanto, argumentando. "
NO primeiro trabalho de filosofia e da educação nos deparamos com este conceito de argumento e juntamente com esta explicação uma atividade para identificar as estruturas de um argumento, o que é de extrema importância, pois existem várias maneiras de se dizer as coisas de modo mais explicito e correto.

Identificando Epistemologias


O autor abre o texto afirmando que existem três diferentes formas de representar a relação professor/aluno. Apresenta então os modelos pedagógicos e como tais modelos são sustentados por uma determinada epistemologia.
O primeiro modelo é o da pedagogia diretiva - O professor representante do meio social determina que o aluno seja tabula rasa frente a cada novo conteúdo. Epistemologicamente, essa relação pode ser representada pelo empirismo. Para os empiristas, a construção do conhecimento é o resultado positivo das experiências concretas do homem com o mundo sensível, através da percepção. Nesse sentido, o homem nasce com a capacidade mental extremamente reduzida e apenas o contato direto com o exterior possibilita a assimilação e criação de conhecimentos.
O outro modelo proposto é o da pedagogia não-diretiva; o aluno, pelas suas condições prévias, determina a ação do professor. Esse modelo é reproduzido pelo apriorismo, que acredita que o homem já nasce com sua estrutura cognitivo-biológica formada, ou seja, ela é inata ao ser humano, pois, ao nascer, o homem já traz consigo a estrutura cognitiva necessária a construção de conhecimentos.
E por fim, o modelo relacional que na epistemologia é defendida pelo construtivismo, que afirma que o sujeito não é passivo nem pré-formado, mas que interage com o meio e nesta interação constrói o conhecimento.
Lendo o texto foi possível identificar alguns modelos de professores que passaram pela minha vida acadêmica e que deixaram marcas, cada um a sua maneira. Algumas boas e outras más.

Ano de 2008


O ano de 2008 foi bastante trabalhos, pois entrou na reta final de nosso curso. Foi o ano que nos deparamos com os assuntos mais áridos da profissão que escolhemos seguir.Este ano de 2009, prevejo que será um ano igualmente trabalhoso, pois será o ultimo ano que teremos aula, pois o próximo ano estaremos chegando ao final desta camnhada que se iniciou em 2006.
Segundo FREIRE (1996: 96), “o bom professor é o que consegue, enquanto fala, trazer o aluno até a intimidade do movimento do seu pensamento. Sua aula é assim um desafio e não uma cantiga de ninar. Seus alunos cansam, não dormem. Cansam porque acompanham as idas e vindas de seu pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas, suas incertezas”. Penso que este pensamento resuma um pouco o que cada um de nós busca com uma especialização na sua profissão.